Reprodução/SCInternacionalDeclarações
Texto por Colaborador: Redação 04/03/2022 - 21:35
Após uma reunião no Conselho de Gestão que durou 7 horas, o presidente do Inter, Alessandro Barcellos, falou na noite desta sexta-feira (4) no CT Parque Gigante sobre as definições do futebol do Inter. Anunciando o desligamento do diretor executivo do Inter, Paulo Bracks, o mandatário máximo vermelhou falou em buscar ajuda em movimentos políticos para auxiliar o vice-presidente de futebol, Emílio Papaléo, que permanece, assim como o técnico Cacique Medina. Confira suas principais declarações:.
PRONUNCIAMENTO
"Nós dedicamos um bom tempo do dia para realizar a reunião extraordinária para corrigir os rumos do que o jogo de ontem acabou ocasionando. A gente teve uma imersão importante no Dep. de futebol e nas questões que envolvem o Dep. de Futebol. Por isso, queremos agradecer o trabalho do Diretor executivo, Paulo Bracks, que nos deixa no dia de hoje. Agradecer o trabalho e dedicação do nosso diretor executivo Paulo Bracks, que nos deixa no dia de hoje. Nos ajudou na organização de vários processos internos e que a gente agora passa a buscar um profissional à altura (...) Fizemos uma conversa na parte política do clube. Necessidade também nossa de reforçar a posição da vice-presidência de futebol, exercida pelo Emilio Papaléo. Papaléo precisa ter o apoio de pessoas com diferentes perfis para trazer alguém para trabalhar em conjunto com ele".
"Nosso centro de avaliação e prospecção de atletas fez alguns apontamentos sobre correção de rumos e vimos que ainda restam 30 dias para o fechamento de janela para o Brasil. Vamos acelerar este processo de melhoria do nosso elenco. Estamos olhando pra frente e pra frente iremos precisar de um plantel mais qualificado. Que a gente possa acelerar esse processo de melhoria do nosso plantel. É fundamental que a gente tinha isso como uma prioridade dentro do departamento de futebol. Não tô dizendo aqui que, com o plantel que a gente tem, a gente não tenha que ganhar do Globo e de outros times que a gente não ganhou. O que eu tô dizendo aqui é que nós estamos olhando pra frente. Na mudança de fotografia, muitos já foram (Patrick, Lomba, Zé Gabriel, Lindoso). O treinador escala a equipe. Precisamos renovar esse time e buscar a melhor formação para o modelo de jogo que foi destaque do Medina no Talleres. Conversamos com a nossa comissão técnica e passamos para eles a nossa preocupação e alinhamos a busca por uma equipe mais competitiva e uma equipe que tenha as suas características, pois foi isso que nos fez contratá-lo. (As mudanças) É um processo que não termina aqui, que a gente vem trabalhando muito pra que ele aconteça.”
RESPOSTA AOS JORNALISTAS
Cobrança dos jogadores: “A responsabilidade que os jogadores têm em relação ao que está acontecendo traz elementos que são do sentimento deles, mas isso não significa dizer que a comissão técnica, pelo trabalho que tem que fazer, não tem o apoio da direção. Hoje quem está aqui precisa ter vergonha de sair na rua, faz parte da grandeza de um profissional do Inter. Não pode ser mais um dia. Se pensar assim, está no clube errado. Pra essa instituição tem que entregar a vida, entregar sangue. Falo isso aqui porque é o que eu to sentindo. Nós temos que trabalhar para que o torcer volte a confiar no time. Volte a acreditar no Inter. Isso é um trabalho que precisa sair de todos. A comissão técnica tem o apoio da direção para mudar o time. Mudar o comprometimento do time. Esse é o espírito. Precisamos fazer desse episódio, muito ruim, uma virada de chave. É possível fazer”.
"Não é um dia comum. Não pode ser mais um dia depois do que aconteceu ontem. Não pode! Se for isso, tá no clube errado. Se pensa que é mais um dia, tá no clube errado."
Se demissão de Bracks melhora a aura no clube: "Eu não sei se ela resolve todo processo, se resolve uma parte do processo. Mas é o que a gente hoje detectou como um... não como um culpado, mas um momento necessário de mudança de perfil. Ele participou de muitas coisas boas, mas era um momento necessário de mudança de ciclo e perfil”.
Medina: “É um início de trabalho. Ele tá montando uma equipe, tentando encontrar um time que se adapte entre o perfil de jogadores que temos e seu estilo de jogo. Medina não é refém de resultados, mas o futebol brasileiro é. A forma de mudar é trabalhando e mudando o ambiente, com mais comprometimento e envolvimento. Medina já teve trabalho. Montou equipes jogando muito mais do que o que estamos jogando. A amostragem é muito pequena. Ela não é boa, é ruim, mas são poucos dias de trabalho. Óbvio que a gente tá vendo uma não evolução do time e isso que preocupa (...) Vários exemplos de refém de resultados fez com que mudanças acontecessem, as vezes, de forma antecipada e não trouxessem resultado. Então, é assim que a gente tá trabalhando."
Sobre atletas que estão devendo na temporada: "É uma questão que o clube tem que enfrentar e está enfrentando. Talvez não na velocidade que a torcida gostaria. Talvez não na forma que a torcida gostaria. Talvez com diferenças de avaliações; Quero concordar contigo que ciclos existem e que muitas vezes não é qualidade que determina se ele é bom ou ruim, mas sim o momento e outros elementos que fazem parte disso (...) Não vou fazer análise individual dos jogadores, mas concordo que ciclos se encerram. A gente sabe que alguns jogadores carregam um peso grande com insucessos. Jogadores contestados pelo Inter tem nível de clubes de Série A, até com maior poderio financeiro que nós. Inclusive até cobiçados e da Seleção Brasileira. Jogadores são ativos. Temos que estar preocupado com o desempenho dentro de campo. Alguns jogadores questionados pela torcida não são questionados pelos técnicos. Isso é uma diretriz que nós precisamos trabalhar melhor".
“A gente chegou aqui e tínhamos dois goleiros com idade importante, experientes e com história no clube. Hoje nós temos 5 meninos. Temos goleiros para 10/15 anos. Isso é reflexo de mudança de fotografia”.
Renovação de Lindoso e empréstimo três meses depois: “Não considero um equívoco a renovação do Lindoso. Entendemos, naquele momento, que ele foi titular na campanha de 2020/2021. Olhamos para o mercado e para as condições de negócio. E renovamos apostando na sua sequência. Eu consideraria um equívoco não empresta-lo, pois aqui não teria espaço.”
“Nós temos que trabalhar muito para que pulse cada vez mais esse comprometimento. Essa instituição vive de paixão. O Inter tem mais time que muitos e não ganhou. Então não é de qualidade que estamos falando. É ambiente. E tenho certeza que isso vai mudar. Temos que reforçar, mas nós temos que reagir. Temos condições de buscar o título gaúcho e reagir. É necessário mais. Parece óbvio mas é muito sério: o ????????#Inter é mais time e não ganhou! Não é salário em dia, é o ambiente, e isso tem que mudar. Temos que reagir".
“Eu prefiro usar outras expressões (zona de conforto). Prefiro entender que são ciclos que se encerram. Todo mundo tem vida profissional e sabe o que é isso. Precisamos de um ambiente melhor para produzir mais”.
"Ele (Medina) tá montando uma equipe, fez várias experiências, tentando encontrar um time que se adapte entre o perfil que nós temos e o seu modelo de jogo. Nós não vamos enfrentar debates como SAFs, Ligas... se o clube não for um clube profissionalizado ao extremo e a gente precisa fazer mais com relação a isso. Nós temos uma cartilha aqui no clube que fala exatamente da diferença dos papéis dos políticos e dos profissionais e isso é bem claro para quem vem trabalhar aqui no clube."