Texto por Colaborador: Redação 03/06/2020 - 01:24

Devido aos efeitos da pandemia na economia, a CBF avalia pelo cancelamento da utilização do VAR no Brasileirão 2020. Com gastos girando na casa dos R$ 19 milhões – R$ 12 milhões bancados pela entidade e os outros R$ 7 milhões pelos clubes - esses valores seriam impraticáveis atualmente para as equipes. No entanto, para o árbitro goiano André Luiz Castro, 45 anos, não ter o VAR seria retrocesso.

“O VAR veio pra ficar. É uma economia “porca”. Nos lances polêmicos foi feita a justiça. Ninguém foi campeão com um gol impedido. Ninguém passou de fase com um gol de mão. Claro que tivemos problemas nos lances de interpretação, mas que para este ano, estamos ajustando. O torcedor e a imprensa devem entender que o árbitro na cabine só deve interferir quando for um erro claro e óbvio. Tirar o Var é voltar à estaca zero”, ressaltou o árbitro que em 2019 trabalhou 23 vezes como árbitro de vídeo, em um bate papo com o Repórter Rafael Bessa, no programa Toque de Primeira, da Sagres 730.

André Luiz Castro também admitiu que em alguns lances, a demora na decisão atrapalhou, mas nem sempre devido a equipe de arbitragem. 

“Concordo que teve muita demora em alguns lances, na hora de definir, mas isso faz parte do processo, do primeiro ano do trabalho. Era novidade até para os operadores de câmeras, eles eram do ramo, mas nunca tinham trabalhado com futebol. E tem outras coisas que nem foram passadas para o público, como em alguns lugares, em plena revisão, caía a imagem e tínhamos que começar tudo de novo. O ano passado foi um aprendizado pra todo mundo. Fiz 23 jogos de VAR e não é fácil”, explicou.

Em relação a um possível retorno do futebol no país, avaliou. “Acredito que o Brasileiro só vai ter um retorno quando todos os clubes estiverem aptos. Acho que em julho ou agosto a gente volta aos campos”, finalizou.

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