Texto por Colaborador: Redação 29/04/2021 - 18:09

Após a confirmação do acordo com o laboratório da Sinovac Biotech Ltda há 14 dias, a Conmebol recebeu as 50 mil doses para vacinar as seleções que participam da Copa América (que será realizada em junho) e as equipes que atualmente disputam torneios da Copa Libertadores e a Sul-americana.

"Histórico! Vacinas para o futebol sul-americano já estão na América do Sul. A @Conmebol se tornará a primeira organização civil do mundo a realizar uma vacinação que beneficiará milhares de famílias nos 10 países e que representará uma valiosa cooperação com as campanhas de imunização promovidas pelos governos. Vamos continuar a acreditar grande para ter uma @copaamerica CONMEBOL segura!", postou Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, em suas redes sociais acompanhado de uma foto com a Copa e as vacinas recém-chegadas ao fundo.

Com as vacinas no continente, agora a casa-mãe do futebol sul-americano iniciará o processo de distribuição de imunizantes nos diversos países.

Embora a Conmebol comece a ser distribuída, há um problema: em muitos estados sul-americanos, como na Argentina, a vacina Sinovac não está habilitada, então é possível que esse processo seja atrasado e as doses esperem no Uruguai até serem aprovadas.

Quem recebe as vacinas?
Ressalta-se que o projeto de vacinação contempla o futebol masculino e feminino, e não é apenas voltado para os jogadores, mas também para os corpos técnico e auxiliar. Em seguida, seguirão os árbitros, os membros ou dirigentes de cada associação e outras pessoas envolvidas nas partidas.

No Brasil (via UOL)

A vacinação em si depende da legislação de cada nação. No Brasil, por exemplo, a CBF avisou a Conmebol que não deve conseguir usar as vacinas dentro do país, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que, se as doses da Conmebol entrarem no Brasil, deverão ser enviadas imediatamente ao governo federal, como determina a lei.

Há também questão de aprovação, pois apesar de ter sido produzida pela Sinovac, o mesmo laboratório que faz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, a Anvisa desconhece se o material é o mesmo aprovado para uso emergencial no Brasil, ou seja, que só pode ser usado por grupos de risco como idosos, profissionais de saúde, de segurança e educação e pessoas com comorbidades.

Conmebol e CBF conversam sobre a forma que a confederação poderia usar as doses, principalmente para jogadores e funcionários que estarão na Copa América. A prioridade da confederação sul-americana é viabilizar o torneio de seleções com os principais atletas, por isso quer que eles sejam vacinados para evitar que clubes europeus impliquem com a convocação, como já fizeram em março nas Eliminatórias para a Copa do Qatar 2022.

No Brasil, alguns clubes já manifestaram ser contra receber as doses e furar a fila dos grupos prioritários no Brasil, casos de Santos e Grêmio. A CBF, se puder, pretende vacinar jogadores e funcionários da seleção brasileira.

Máximo de 70 pessoas vacinadas entre os clubes que estão nas Copas, sendo obrigatoriamente até 50 jogadores inscritos e o restante membros da comissão técnica e funcionários que normalmente viajam para as partidas.

No caso do Brasil são 14 times: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Fluminense, Atlético-MG, Santos e Inter na Libertadores e Ceará, Corinthians, Athletico, Bahia, Atlético-GO, Bragantino e Grêmio na Sul-Americana.

Máximo de 50 pessoas vacinadas: 30 jogadores e 20 funcionários (comissão técnica incluída). Excluindo os 14 participantes dos torneios da Conmebol sobrariam para receber essas doses os profissionais de América-MG, Juventude, Cuiabá, Fortaleza, Sport e Chapecoense.

Clubes da Série A-1 do Brasileiro Feminino:
50 pessoas de cada um dos 16 times participantes da edição 2021 poderiam ser vacinadas: 30 jogadoras e 20 funcionários.

 

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