Texto por Colaborador: Redação 30/08/2020 - 18:00

O ídolo colorado Bráulio recordou, em entrevista, sua carreira de atleta e relação com o Inter, além de momentos importantes como a inauguração do estádio Beira-Rio. O ex-jogador do Clube do Povo foi o personagem entrevistado da edição deste sábado (29/08) do programa Velhas Súmulas, da rádio Colorada, a emissora oficial do Clube. A conversa pode ser conferida no player no abaixo. Confira como foi!

ÁUDIO:

Sport Club Internacional · Rádio Colorada | Entrevista com ex-jogador Bráulio, o Garoto de Ouro | 29/08/2020

TEXTO:

O amistoso contra o Benfira na inauguração do Beira-Rio: “Nós entramos com personalidade. O Benfica, fazendo onda. Eu estava batendo bola com o Claudiomiro, Valdomiro, e olhando para eles [os adversários] de rabo de olho, o jeito que eles batiam [na bola]. Não entrou um repórter ao meu redor. Não, os repórteres, todos no Eusébio, no Costa Pereira. Eu dizia: ‘vocês vão ver no final’. Eu passava por um [companheiro] e dizia assim: ‘olha ali, ó’. Aí o Tovar olhava. Passava pelo Valdomiro, que era muito mais humilde: ‘e aí, Valdo? Os caras estão cheios de moral aqui dentro. No final quem vai dar as cartas seremos nós’. E assim fui dizendo um por um no ouvido, batendo bola e olhando para eles. Louco para começar o jogo. Quando começou [o jogo], começamos a tocar a bola. Eu ouvi o Eusébio falar naquele português corrido. Ele falou um troço que me gravou. Ele dizia: ‘não dá para tocar a bola’. Ele queria dizer: não dá para segurar a bola, não dá para prender a bola. Chegava o Pontes nele, chegava o Scala voando nele. Ele deve ter pensado que seria mamão com açúcar. Essas carinhas [nossas] de gurizinho de 17, 18 anos. Mas não deu para eles. Se tivesse mais uns 20 minutos, nós faríamos mais um ou dois gols. Nós enlouquecemos dentro do campo”.

"Para nós valia tudo. Ali batemos no peito e dissemos: 'aqui quem manda somos nós'. Entramos decididos. Tudo guri de 18, 19 anos. Eles com Eusébio, Costa Pereira, Vicente, Simões. Um timaço. Ganhamos por 2 a 1 e com personalidade".

Coloradismo: "Quando a vi a camisa do Inter, eu disse: 'este é o meu time'. O Inter virou para 2 a 1. Fiz farra no meio da torcida gremista. Eu sozinho gritando. Meu dindo ficou uma fera".

Início como atleta: "Em 1961, eu estava no colégio de manhã. Eu sabia os horários dos treinos. Eu matava aula e ia para a arquibancada dos Eucaliptos. Sentava e fica fazendo anotações".

"Bola vinha rasteira e tocou no morrinho. Veio mais alta. Os dois zagueiros vieram e aí meti o pé na bola, no ar, de rosca por cima dos dois, virei e, sem deixar a bola cair no chão, dei um foguete. Acertei na forquilha".

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