Texto por Colaborador: Redação 01/05/2020 - 18:48

Está nas mãos do Governo Federal o protocolo para retomada progressiva do futebol, organizado pela CBF. Com participação de comissão de médicos e reuniões semanais em que mais de 100 profissionais de clubes e infectologistas participaram, o documento é o ponto de partida para diversos clubes e federações pelo país.

O Ministério da Saúde ainda não respondeu a CBF sobre a aprovação do protocolo. Mas indicou que até o fim de semana libera o documento. A previsão é de publicação e distribuição na segunda-feira. Internamente, a diretoria da entidade nacional do futebol já tinha aprovado o protocolo, que tem mais de 20 páginas e embasou Rio de Janeiro e Santa Catarina, dois dos primeiros estados que prepararam seu planejamento.

A troca do ministro da Saúde, em meados de abril, atrasou a publicação do protocolo nacional da CBF. O recuo foi estratégico do presidente da CBF, Rogério Caboclo. Já havia pressão por todos os lados para a bola rolar, pelo menos para a volta dos treinos, mas principalmente de cima, com manifestações constantes do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Apoiado em trabalhos acadêmicos, estudos de avanço da pandemia dentro e fora do país, o documento prevê testes em todo o país - foram listados 17 laboratórios que produzem os kits para exames de coronavírus. Mas ainda há algumas dúvidas sobre a aquisição dos testes.

Alguns clubes já se adiantaram e já adiantaram encomendas, como o Flamengo, o Grêmio, o Palmeiras e o Bragantino. Nas reuniões desta semana, alguns clubes entenderam que vão precisar comprar sozinho os testes, mas outros aguardam ajuda da CBF e das federações. Sobre o protocolo, alguns já receberam de federações de outros estados, mas a maior parte ainda aguarda a CBF.

Existe expectativa de articulação da CBF com os órgãos de saúde para auxiliar na compra destes equipamentos. O presidente Bolsonaro se manifestou desde o início contrário à paralisação de competições e influenciou diretamente na mudança de rota da CBF. Caboclo, em reunião com os clubes, chegou a dizer que "o vírus não tinha o celular dele para dizer quando o futebol iria voltar".

Fonte: Globoesporte

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