Texto por Colaborador: Redação 23/11/2020 - 14:42

O ídolo Colorado Andrés D’Alessandro anunciou na tarde desta segunda-feira que não irá renovar o contrato com o clube e deixará o Colorado a partir de 31 de dezembro de 2020. O ídolo da torcida vermelha revelou ainda que não irá abandonar a carreira de atleta.

D’Ale atualmente tem 513 jogos com a camisa do Inter e é o terceiro atleta que mais vestiu a camisa vermelha e branca, ficando atrás apenas de Valdomiro, que fez 805 partidas, e Bibiano Pontes, com 523. Nos mais de 12 anos de Beira-Rio, marcou 95 gols. Na temporada, apesar dos 39 anos, participou de 35 dos 50 compromissos da equipe. Ele ainda marcou três gols e deu três assistências.

Confira como foi a coletiva do jogador.

VÍDEO:

TEXTO:

O anuncio: “Minha vida no Sport Club Internacional termina dia 31 de dezembro”.

Futuro: “O Inter vai seguir gigante como é. Eu seguirei minha vida como atleta. Encerro a minha história e não um ciclo. A minha decisão é pessoal”,

"A não renovação acho que ficou claro. Foi uma decisão minha, pensada. Muito bem pensada. Não foi há duas semanas que pensei em não continuar meu trabalho aqui no clube. Faz tempo. Não há relação com eleição, grupo, treinador, nada. Tem a ver com minha cabeça. Sou um cara com poder de decisão forte. Estava pensando. Foi um ano difícil para todos, mas não foi a pandemia que fez eu tomar esta decisão. Mas não foi a mudança de gestão, nem saber quem virá. Estou muito bem informado".

“Vir para o Inter foi a melhor decisão para a minha vida. Meu principal legado é saber que o torcedor se sentiu representado por mim dentro de campo. Vou lançar uma biografia daqui alguns meses. Espero deixar isso como legado. É muito difícil resumir em palavras 12 anos”.

"É difícil resumir 12 anos em palavras. O Inter me elevou o patamar como atleta".

"Encerro a minha história aqui e não um ciclo. Não permitam que isso seja usado para cunho político dentro do clube. Essa é a verdade. Quem seguir outro caminho, está mentindo ou errado".

A despedida sem público: "Pois é... O assunto torcedor sim é frustrante para mim. Após 12 anos, não me despedir dele no Beira-Rio não há como não sentir. Saudade do torcedor, de vê-lo na minha casa. Esperava que fosse de outra maneira, com ele no Beira-Rio, mas será impossível. Hoje tem que ser assim. Não fecho as portas definitivas ao clube. Pelo menos de minha parte. Gostaria de voltar, nem que fosse um jogo. Esta é minha vontade e posso falar hoje. Deixo de minha parte as portas abertas, mas dependerá de quem estiver no clube. Gostaria de me despedir da torcida de outra maneira. Eu nasci amando o futebol porque gosto de vencer, ganhar, me entregar no dia a dia para obter o melhor resultado. Foi assim em muitos anos, jogos, campanhas. Infelizmente, o futebol tem mais momentos de derrotas que vitórias, mas nada vai tirar jogar duas finais de Copa do Brasil. Não é fácil".

A temporada atual: "É difícil não falar dos títulos nos últimos anos, mas se conseguiu muita coisa. Houve uma reconstrução desta gestão. Eu fiz parte e posso falar. Vivi da porta para dentro o que ocorreu. Para vocês, pode ter diminuído a expectativa, mas não para nós. Estamos a três pontos do líder, mas está muito parelho. Temos as oitavas com um dos melhores times da competição. Os respeitamos, mas eles nos respeitam. Nos puxaremos e farei o que precisar até o último dia".

Sobre Coudet: "A saída dele foi ruim, foi difícil para o grupo. Não tem como não ter desorganização no grupo, porque vai embora um treinador que tinha conseguido desempenho e entrega dentro do campo. Vida que segue".

Sobre possível ida ao Celta: "Certamente para o Celta de Vigo não vou ir. Isso tenho certeza. O Coudet continua sendo meu amigo. Isso não vai acabar, mas ao respeito de nossa relação, ele sabia e eu também, que não tinha relação com o D'Alessandro jogador e o Coudet treinador. Isso ficava fora. Foi um relacionamento profissional. Gostaria de ser mais utilizado. Até pela proximidade que tenho com ele, falei com ele, meu pensamento, ideias. Ele também. Fomos adiante. Eu nunca reclamei, vocês viram. Nunca fiz nada. Sempre me doei pelo grupo, nem que fosse cinco, dois, três minutos. Sempre fiquei à disposição. Preciso respeitar primeiro o clube e depois meus colegas. Ficar tanto tempo e ganhar não me dá o direito de passar da linha. Foi uma situação difícil. Somos amigos, mas foi bem entendida, por ele e por mim. Gostaria de ser mais aproveitado porque me sentia capacidade. Mas o resultado vinha".

"Se o Coudet tivesse ficado, não mudaria nada na minha decisão. Ela já estava praticamente tomada. Já estava bem claro na minha cabeça".

 "Nem todo mundo é colorado e quer o bem do clube. Nem tudo é o que parece ser. Gostaria de um clube mais unido. Sem tanta falta de respeito".

"Agradeço ao Abel por ter vindo ao Inter. Um dos técnicos mais vencedores da história. Poderia ter ficado em casa no RJ. Ele não precisava vir para dar uma força ao clube. Estamos para ajudar ele e tomara que a gente consiga".

"Os jogadores tem 90% de responsabilidade pelos últimos resultados".

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