Texto por Colaborador: Redação 20/06/2020 - 00:34

Em declarações ao Correio de Povo e GaúchaZH, alguns dirigentes da dupla se posicionaram sobre a Medida Provisória (MP) publicada na quarta (18) pelo presidente Jair Bolsonaro. De modo geral, o Inter se mostrou menos crítico à proposta - já que ainda desconhece os reais desdobramentos na sequência - postura diferente da direção gremista, que criticou a forma como o tema foi abordado.

Já em um tom de confluência, ambas as diretorias também concordam em um maior debate a respeito do tema e preveem discussões sobre a legalidade das mudanças definidas pelo governo federal nas regras das transmissões dos jogos de futebol. Confira abaixo três avaliações, duas alvirrubras e uma azul: 

Alexandre Chaves Barcellos  - vice-presidente do Conselho de Gestão 

"A grande discussão jurídica que vai haver sobre essa MP é se ela vai atingir os contratos já assinados ou não. Isso vai ser um grande debate entre os advogados. É um tema que ainda está sendo muito estudado. Vamos ver o que vai acontecer". 

"Do ponto de vista jurídico, não é uma matéria para Medida Provisória, pois o requisito da MP é a urgência, e não havia urgência para editar isso. Precisamos ver como o Congresso vai tratar o tema. Vamos ter vários aspectos para debater, inclusive a constitucionalidade de uma MP nesses termos."

Alessandro Barcellos - Vice de Futebol

"Precisamos juntar esforços para ver os impactos jurídicos e financeiros, tanto em benefício quanto possíveis desequilíbrios com os contratos firmados. Não podemos ser rápidos na análise (...) Existem contratos firmados, e a MP chega em um momento que traz uma necessidade de análise jurídica. Especialmente no que diz respeito aos direitos de transmissão”. 

De acordo com o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, as alterações feitas na Medida Provisória 984/2020, não mudam nada no clube até 2024, pois já existem contratos vigentes. No entanto o mandatário tricolor lamentou a forma "solitária" com que os termos da proposta foram elaborados.

"Em um primeiro momento, não nos afeta em absolutamente nada. Para mim, o principal não está nas questões jurídicas ou mérito da MP, para mim, o mais importante foi a falta de uma consulta prévia, de um ajuste, de um encaminhamento, para que fosse possível um debate amplo entre todos os envolvidos", avaliou, em entrevista à Rádio Guaíba, nesta sexta-feira.

"A matéria tem mérito, mas a forma como foi encaminhada, um só clube, debate por um governo inteiro, sem se criar a condição de diálogo, sem consultar os demais está equivocada", avaliou. "Só existe um caminho para esta MP, não ser aceita pelo Congresso, pois não tem caráter de urgência. Devolver para o governo e estabelecer uma conversa sobre o tema (...) Em um momento que estamos com 70% dos contatos televisivos suspensos, temos de reagir, os clubes precisam debater para não serem escolhidos pelo debate."

"Um ato pequeno para um enorme problema, uma enorme consequência, que poderá ser positiva ou negativa, mas a maneira como foi feito, despropositado, sem conteúdo, demonstrou uma imaturidade política, de quem pede e de quem aceita".

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