Texto por Colaborador: Redação 25/07/2025 - 11:00

O lateral-esquerdo Erik Menezes, atualmente no Al-Ain dos Emirados Árabes Unidos, relembrou sua passagem pelo Internacional com um misto de gratidão e mágoa. Formado no clube gaúcho, o jogador lamenta a forma como foi conduzida sua saída.

Natural de Quaraí (RS), Erik chegou ao Inter aos 13 anos e permaneceu até os 19, passando por todas as categorias de base até atuar no profissional. No entanto, o fim do vínculo não aconteceu da maneira como ele esperava.

“Depois do Gauchão já me desceram. E os meninos foram campeões na Copa São Paulo. Se eu estivesse, provavelmente eu seria também. E aí veio o lateral que foi campeão na Copa São Paulo e os caras me desceram. Nesse movimento eu fiquei superchateado, triste. Achei uma injustiça. Os caras me prometeram umas coisas e não fizeram. Na primeira proposta, já pedi para sair”, afirmou Erik.

O jogador relatou que havia solicitado participar da Copa São Paulo de 2020, mas foi informado que seria aproveitado no Gauchão. No fim, acabou ficando de fora das duas competições. Com a ascensão de outros jogadores da base, perdeu espaço no elenco e decidiu deixar o clube.

Apesar da frustração, o lateral reconhece o impacto do Inter em sua formação. “O clube foi minha segunda casa, me abriu as portas”, declarou.

Atualmente com 24 anos, Erik é titular do Al-Ain, dos Emirados Árabes, onde vive bom momento e já conquistou títulos relevantes. Ele também se aproxima de completar o tempo de residência necessário para se naturalizar e poder defender a seleção local, embora ainda sonhe com a possibilidade de jogar pela Seleção Brasileira.

“Depois de um Mundial, grandes coisas acontecem. Se não tivesse, acho que seria unânime, só oportunidade dos Emirados mesmo. Mas com alguma coisa grande acontecendo, talvez eu tenha a oportunidade de escolher a seleção brasileira. Seria uma decisão muito difícil, porque os Emirados mudaram a minha vida. E tenho muita gratidão”, disse.

Mesmo atuando no exterior, Erik mantém o vínculo com suas raízes gaúchas e sente saudade da família, da chuva e do chimarrão — que toma com o ar-condicionado a 18°C para lembrar o Sul. Ainda assim, afirma não ter planos de voltar ao futebol brasileiro neste momento.

“Hoje, não tenho vontade de voltar. Claro que tem o sonho de jogar um Brasileirão, mas não posso viver só de sonho. Aqui sou valorizado, e penso muito na minha família”, concluiu.

Categorias

Ver todas categorias

Carbonero vale o investimento de R$22 milhões?

Sim

Votar

Não

Votar

75 pessoas já votaram