Texto por Colaborador: Redação 12/07/2021 - 02:21

O ex-meia-atacante Marquinhos, do Internacional no início dos anos 1990, relembrou, em entrevista concedida à rádio Colorada, a passagem por Porto Alegre e o histórico título da Copa do Brasil em 1992. Marquinhos foi um dos pilares daquele Inter, que foi campeão nacional e era treinado por Antônio Lopes. Confira alguns dos principais trechos: 

Chegada no Inter "Épocas difíceis, o Inter passava um tempo sem conquista, com desconfiança. Mas deu tudo certo, logo de cara me encaixei. Essa passagem no Inter foi uma passagem muito boa e que marcou porque era uma época de vacas magras (...) Eu peguei o Abelão, seu Ênio e o Claudio Duarte também, depois peguei o Antonio Lopes".

Caminhada pelo título e expectativa naquela época: "A gente tinha uma equipe mesclada com jovens e experientes. E a gente tinha confiança no nosso trabalho. Copa do Brasil tu tem que jogar cada jogo como uma final e jogamos assim. Foi uma competição muito difícil, pegamos adversários muitos fortes e passamos por todos eles. Então foi muito merecida".

Cruzamento contra o Corinthians e goleada em SP: "Ali deu uma confiança mesmo, que vimos que tínhamos condições. Foi um jogo muito complicado no começo mas a gente se impôs. Colocamos pressão em cima do Corinthians, foi uma pressão muito forte da torcida do Corinthians sobre o time deles e nos deu tranquilidade para decidir em casa".

GreNais: "Jogos muito pegados tanto no Olímpico como no Beira-Rio, mas a gente sempre em cima do Grêmio tentando o gol, até saímos na frente no Beira-Rio. Felizmente na cobrança dos pênaltis o Fernandez fez três defesas. Ali foi praticamente uma final, foi uma festa incrível e deu mais confiança ainda para gente disputar o título e conquistá-lo."

Finais: "Palmeiras foi um adversário dificílimo. Eles tinham um timaço. Na final com o Flu foram dois jogos muito difíceis, o primeiro principalmente porque tivemos que jogar nas Laranjeiras, inacreditável isso uma final em um estádio acanhado daqueles. Com todo tipo de pressão em cima, desde a nossa chegada no estádio, sem as mínimas condições, vestiário terrível, campo pequeno, fou uma pressão enorme. E a gente conseguiu suportar apesar de ter tomado o 2 a 0, e no segundo tempo fiz uma jogada com o Caíco e ele fez um golaço. Foi o gol do nosso título porque se sai com o 2 a 0 seria muito difícil reverter no Beira-Rio".

"O segundo jogo foi totalmente nosso. Dominamos o jogo completamente, tivemos inúmeras chances de gol, bola na trave, em cima da linha, pênaltis que não foram marcados. Foi um jogo que merecíamos ganhar. Pelo nosso merecimento no final teve aquele pênalti no final. Apesar do Pinga ter dito na época que não foi, eu já revi o lance algumas vezes e para mim foi pênalti. Acho que foi justo, a gente massacrou o Fluminense que só ficou se defendendo. Foi uma vitória que selou uma campanha maravilhosa que a gente fez e nada mais justo que ter sido campeão." 

Como jogava o Inter de 1992: "Equipe ofensiva, que tinha um ataque forte, era uma equipe que sempre jogava para sempre. Mesmo jogando fora a gente fez 4 no Corinthians, 2 no Palmeiras. Na Copa do Brasil se jogar para empatar fora acaba perdendo. Tem que jogar para cima fora e administrar dentro. Mas mesmo sendo ofensiva tínhamos um sistema defensivo forte".

Confira a entrevista na íntegra: 

 

Sport Club Internacional · Rádio Colorada | Entrevista: Marquinhos | 10/07/2021

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