Segundo o jornal The New York Times, a Fifa vai permitir que jogadores de outros países assinem contratos temporários com novos clubes até o dia 30 de junho, quando se encerra a temporada europeia. Ao menos 100 atletas, entre eles Yuri Alberto, ex-Inter, podem ser impactados pela decisão, que surge duas semanas após a invasão na Ucrânia pelas tropas russas.
Apesar de a Fifa sinalizar com a possibilidade da assinatura de novos contratos, a ideia está aquém do que os grupos que representam jogadores e ligas mundiais desejam. De acordo com a publicação, a FIFPro, o maior sindicato mundial de jogadores, e o Fórum das Ligas Mundiais, uma organização abrangente para mais de 40 competições, solicitaram à entidade máxima do futebol que os atletas pudessem deixar a Rússia de forma permanente.
O fim de semana foi marcado por conversas entre a Fifa e os advogados dos órgãos que representam os atletas, mas as partes não chegaram a um consenso. Por meio de uma carta, a FIFPro sugeriu que alguns jogadores não se sentiam mais à vontade jogando por times russos após a invasão da Ucrânia.
A Fifa está entre as entidades que decidiram punir esportivamente a Rússia pelo ataque militar à Ucrânia. A entidade proibiu a seleção de disputar as partidas da repescagem para a Copa do Mundo, consequentemente deixando o país fora do Mundial do Catar. A Uefa, por sua vez, baniu os times russos das competições europeias.
A União Russa de Futebol (RFS, sigla em russo) anunciou na quinta-feira (3) que vai recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS). De acordo com a federação, tanto a Fifa quanto a Uefa não cogitaram outras alternativas antes de sacramentar as punições. Além disso, a entidade afirma que a resolução não possui bases legais e viola as regras do fair play e o princípio do esporte. (Via GZH)