Texto por Colaborador: Redação 23/05/2020 - 18:00

O reinício do futebol com a retomada da Bundesliga mostrou que a longa pausa no calendário, por conta da pandemia de Covid-19, pode causar algumas lesões nos jogadores. Após a rodada do último fim de semana, oito jogadores se contundiram. Para ajudar um pouco mais nessa retomada, a Fifa anunciou que cinco substituições poderão ser feitas nas partidas, o que foi exaltado por Tiago Cetolin, fisiologista do Paraná, via Tribuna do Paraná (em matéria do jornalista Diogo Souza).

“As cinco substituições vão ser essenciais. Elas vão vir para evitarmos algum tipo de lesão, a queda de desempenho e para o próprio jogo ficar melhor, o que é fundamental. Entra no paradoxo de quem tem mais elenco ou menos. Poderia até ser mais, para que o jogo ficasse ainda melhor e os atletas pudessem ter mais rodagem durante o ano (...) Vai ser útil em todos os aspectos. No aspecto físico, porque nós não sabemos até quando vai essa paralisação, é uma incógnita muito grande, e, quando começar, eu acho que o período de trabalho não vai ser tão longo, então, acho que tendo mais substituições vai ajudar na parte física, na dinâmica do jogo. Na parte técnica, vai ajudar muito também”, disse o profissional em uma live realizada pelo clube nesta semana."

Além de Cetolin, os treinadores da dupla Ba-Vi, Roger Machado e Geninho, aprovam a nova regra proposta. “Acho que vai ajudar e acho que é uma coisa que poderia ser mantida mesmo após esse problema todo. Você poder utilizar mais o teu banco de reservas. Em todos os outros esportes você pode utilizar praticamente o teu banco todo. No basquete, no vôlei, no futebol de salão. Só no futebol é que você tem uma limitação de substituições. Nos outros, até o jogador pode entrar, voltar e depois entrar de novo. No futebol a gente fica restrito àquelas três substituições”, afirmou o técnico Geninho, do Vitória, em entrevista ao CORREIO.

“Na minha opinião, esta decisão já era pra ter sido tomada há bastante tempo e não pelo fato de haver muitos jogos seguidos, mas sim porque os jogos estão muito mais desgastantes. Pela velocidade e intensidade atuais, as cinco substituições já deveriam ter sido postas em prática”, opinou o técnico Roger Machado, através da assessoria de comunicação do Bahia.

Para o técnico do Goiás, Ney Franco, o papel de quem comanda as equipes vai mudar bastante. “A mudança aumenta a possibilidade de preservação da parte física dos atletas, se houver uma sequência de jogos sem um tempo ideal de recuperação física e emocional, além de dar ao treinador a possibilidade de trabalhar mais variações táticas”, explicou.

Para Enderson Moreira, técnico do Cruzeiro, realizar mais substituições durante a partida pode facilitar, caso haja necessidade de alterar a estratégia de jogo. “Você pode quase que mudar 50% de uma equipe e com isso podemos mudar radicalmente a postura da sua equipe em termos de situação de jogo. As vezes se pode estar perdendo e, com essa possibilidade, podemos criar situações ofensivas com um pouco mais de intensidade. Mas ainda são suposições, a gente precisa ver na prática quais serão os benefícios ou as dificuldades que nós teremos com essa nova regulamentação”, salientou o comandante da Raposa, em entrevista à rádio Super 91,7 FM.

Esta alteração pontual e temporária será aplicada nas competições que estejam previstas para ser concluídas até 31 de dezembro de 2020, quer sejam as que serão retomadas ou as iniciadas nesse período.

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