Texto por Colaborador: Redação 06/06/2020 - 12:00

Em entrevista ao site do GloboEsporte.com, ex-meia atacante Colorado Adriano Gabiru, autor de um dos gols mais importantes da história do Clube, falou um pouco sobre o gol e recordou alguns momentos da grande vitória do Inter por 1 a 0 sobre o Barcelona, em 2006. A partida será reprisada neste domingo. Confira os principais trechos.

TEXTO:

O que significa o gol do Mundial? "É f***, cara. O titulo importante de todos os colorados, o que significa para todo mundo, diretoria, jogadores. Mexeu com todos os colorados. É como eu falo, foi todo mundo que ganhou. Não só eu, diretoria, torcedores, que sempre nos apoiou. Desde quando formos ao Japão. Eles todos merecem. Isso é o mais importante."

Gosta de rever a partida? "De vez em quando eu vejo. Os caras mandam os vídeos, em cima do Barcelona, aí vejo. É bom lembrar, fico feliz. Adoro este jogo."

Esperava fazer o gol do título? "Eu não imaginava nem que fosse entrar. Mas pela dedicação que eu estava tendo nos treinos, tinha uma esperança. Podia ser qualquer um que o Abel fosse colocar. Ele teve a coragem e confiou em mim. Eu estava trabalhando bem, junto com o grupo. Tinham outros jogadores, o Fabinho, Michel, mas eu entrei. Ele me deu confiança. Todos treinaram bem. O time reserva, titular, sempre trocava nos treinos e estava bom. O Abel confiou em mim. Entrei no lugar do Fernandão, que sentiu a perna. Pude ajudar."

Teve um coletivo às vésperas da final que você acabou com o treino, né? "O time todo. O Abel teve que parar o treino e ajeitar. Começamos o coletivo bem. Todo mundo queria ter espaço, buscar um lugar de titular. Joguei de titular várias vezes durante o ano. Ali você quer jogar. Todos estavam concentrados. O Abel arrumou a casa, ajeitou o time com o pensamento de superar o Barcelona.

E aquela sua corrida depois de dividir no alto para receber do Iarley e fazer o gol? "Da minha visão, o Iarley deu certo para mim (risos). Se desse ao Luiz Adriano, aí teria que cruzar a bola. Eu não sou treinador, mas eu ajudei lá atrás de cabeça, o Luiz, também. Saí por trás e sobrou para o Iarley. Me mandei, fui para o ataque, só tinha o Belletti, o Puyol. Depois da canetada do Iarley, passei direto pela esquerda. Ele foi muito inteligente. Podia ao Luiz também, mas deu o passe para mim e deu certo.

E aquele chute? "É f***, meu, não é fácil. Não foi fácil. Você está ali no banco, e o jogo pegado. Estava 0 a 0, lance para lá e para cá. Aí de repente estou na cara do gol. Todo mundo me pergunta por que não driblei o goleiro ou não chutei de outra forma. O importante é a bola entrar, não tem essa. Os caras brincam que eu bati mal. Eu bati bem!

Depois do jogo, o grupo carrega você e leva até a torcida: "Fiquei muito feliz. Você sabe como é, não sou muito de falar. Fui muito vaiado por alguns torcedores. Ali fizemos um papel bom e todos me apoiaram. Nem sempre estive bem, principalmente no Brasileirão. Você tem altos e baixos. O Abel confiou em mim, matou no peito. Eles me levantaram, os caras são muito meus amigos. O Abel me deu a oportunidade e deu certo. Ela apareceu e eu fiz o gol e todo mundo ficou feliz. A torcida gostou.

Na volta a Porto Alegre, você tinha músicas da torcida: "Me perdoa, Gabiru, que sou melhor que o Ronaldinho. Foi legal o carinho da torcida. Eu era meio quietão, fechado. A torcida gritou e fiquei feliz. Isso é importante. Foi muito bom, maravilhosa a festa no Beira-Rio. Algo espetacular. Chegamos lá com o estádio lotado, todo mundo nos esperando.

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