Texto por Colaborador: Redação 29/07/2021 - 18:55

O governo gaúcho ainda prega cautela em relação ao retorno de público aos estádios da dupla Gre-Nal. Segundo nota divulgada nesta quinta-feira (29), apesar da informação divulgada pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que relata a permissão gradativa de torcedores a partir da próxima semana, a volta ainda depende dos resultados de evento-teste que foi realizado nos últimos dias.

No domingo foi produzido em evento teste em uma casa de eventos, seguindo protocolos previamente estabelecidos, promoveu uma confraternização para mais de 500 pessoas. Antes e depois, o público presente foi submetido a testes de covid-19 para avaliar suas condições clínicas. O resultado da experiência ainda não foi divulgado, nem completamente analisado pelos técnicos do governo estadual. Há otimismo, mas projeta-se anúncios que permitam público em eventos, shows e estádios a partir da primeira semana de agosto.

Nesta quarta-feira, o Gabinete de Crise autorizou a reabertura do Auditório Araújo Vianna, solicitada pela prefeitura de Porto Alegre e por uma produtora de eventos, com a presença de 2.122 pessoas.

Já em relação a CBF, a entidade trata o retorno do público aos estádios como um projeto prioritário para o segundo semestre deste ano. Por isso, tem preparado um plano com especialistas médicos para determinar os critérios para reabertura dos portões, como índices de infecção, de mortalidade e de imunizados. A data do provável retorno — já marcada pela CBF — é no final de agosto nas quartas de final da Copa do Brasil.

De acordo com o UOL, a Confederação planeja a abertura com alguns parâmetros. Foi criado pelo grupo de especialistas um índice de normalidade. Para que seja permitido um jogo, a cidade teria de marcar um percentual acima de 50% deste patamar. Quanto maior o índice, maior o tamanho do público.

O índice de normalidade seria obtido por três variáveis: incidência de infecção por 100 mil nos últimos 14 dias, índice de imunizados e índice de mortalidade por milhão de habitante. A partir daí, seria feito um cálculo com uma fórmula complexa para saber se o município atende os parâmetros. Com um percentual acima de 50% no índice, poderia haver 10% de público. Com um percentual acima de 75%, poderia se ter 30% do público.

A ideia é que, com esses critérios bem estabelecidos, a CBF e os clubes conseguiriam convencer as autoridades públicas de cada Estado e município sobre a viabilidade do retorno do público.

Além disso, faz parte um estudo envolvendo os estádios de cada clube e qual percentual de torcedores seria necessário para não gerar prejuízo, considerando os custos operacionais para abertura de setores específicos.

Cravar um mesmo percentual para todos os estádios — uma regra geral — facilitaria o controle. Mas há outros modelos possíveis, como um permitir o comparecimento de público dentro de percentuais especificados (exemplo hipotético, de 20% a 30% da arena).

Mas e se nem todos os clubes tiverem liberação para mandar seus jogos no próprio estádio? Em tese, o rumo dependeria do conselho técnico. A CBF entende que há quem prefira ter público fora da própria cidade do que seguir com portão fechado no quintal de casa. Mas essa medição será mais apurada com conversas com os clubes nas próximas semanas. 

Dentro do controle médico/sanitário, outro assunto a definir é o controle de exames. Vai exigir PCR? Ou seria permitida a presença só de vacinados? O público apresentaria resultados/documentos na porta do estádio ou em um sistema específico? A CBF também está estudando o uso de testes de antígeno, que podem ser feitos na porta do estádio. Mas isso só ocorrerá se houver segurança da sua validade.

Esses critérios seriam definidos nos jogos pilotos, a começar pelas quartas de final da Copa do Brasil.

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