Texto por Colaborador: Redação 07/08/2025 - 05:00

A eliminação do Internacional para o Fluminense nas oitavas de final da Copa do Brasil gerou duras críticas da imprensa gaúcha. Jornalistas e comentaristas foram unânimes em apontar falhas técnicas, administrativas e de gestão que levaram o Colorado a mais um fracasso na competição.

## Gestão Barcellos sob fogo cruzado

Vaguinha, do GZH, foi contundente ao analisar o momento do clube: "Desta vez, o algoz foi um Fluminense frágil, esburacado, vivendo de lampejos de um passado recente. Mas o Inter, esse Inter que se arrasta sob a gestão de Alessandro Barcellos, conseguiu fazer parecer que enfrentava um gigante. E perdeu. Outra vez."

O jornalista direcionou críticas pesadas ao departamento de futebol: "Chefiados por José Olavo Bisol, o departamento de futebol do Inter não entendeu como é fazer futebol. Contratações que não fazem sentido, jogadores que chegam e não jogam, saídas inexplicáveis e uma base ignorada. Essa semana, dois atletas foram dispensados sem sequer vestir a camisa em campo."

Vaguinha ainda questionou a permanência de Bisol e declarou que "a gestão de Barcellos ainda tem mais de um ano pela frente, mas no coração do torcedor colorado, essa gestão já acabou". Para ele, "o Inter precisa de um novo norte. Um novo futebol. Um novo comando. Porque o que está aí já deu."

Andre Silva, da Rádio Gaúcha, complementou: "Inter foi eliminado por sua incompetência dentro e fora de campo. Dentro, por escolhas do treinador e fora, por incapacidade da direção mais preocupada em conflitos com jornalistas e influencers do que com o time em campo. Gestão Barcellos acumula 13 eliminações."

## Roger Machado na berlinda

Luciano Périco, também do GZH, criticou as escolhas táticas do treinador: "Roger Machado optou pelo esquema sem os três zagueiros. Usou a formatação que vinha sendo utilizada em muitos momentos. Mais do mesmo. Poderia ter ousado." O jornalista destacou ainda "uma falha terrível de Ronaldo" como determinante para a eliminação.

Vini Moura, do GZH, foi mais direto: "A culpa é do treinador, sim. Ele optou pelos piores jogadores para compor seu time. Era momento de ousar, mudar as peças e utilizar a base. Na partida, Ricardo Mathias entrou apenas após o primeiro gol carioca. Além disso, Luiz Otávio não é utilizado para que um jogador como Ronaldo tome conta da posição."

Tainan Nunes, da Rádio Inferno, foi categórico: "O trabalho do Roger Machado acabou. Se o Inter ainda espera por um milagre para se classificar contra o Flamengo, esse milagre começa pelo desligamento do Roger. Além das escolhas inexplicáveis, o modelo de jogo simplesmente não existiu."

## Problemas técnicos e de elenco

Pedro Ernesto Derdin apontou questões estruturais: "O time é caro e não tem a qualidade do que custa. Tem jogadores primários, tem atacantes que não fazem gols. E olha que o Fluminense é ruim. Poucas oportunidades de gol. Poucos chutes. Pouco futebol."

Fábio Giacomelli foi direto no Twitter: "Jogo decisivo. Atrás na eliminatória. DUAS FINALIZAÇÕES A GOL. Uma no pênalti. O Inter, mais uma vez, foi um amontoado de NADA. Mesmo com transpiração. Com um pouco mais de vontade, falta mecânica. Falta repertório."

Rafael Colling, da Gaúcha, analisou os problemas ofensivos: "Inter não criou muitas chances de gol porque em quase todas jogadas no tal do terço final os atacantes queriam dar um toque a mais, um drible a mais ou voltar o jogo para ficar com posse de bola. Especialmente os extremas e Alan Patrick."

## Desempenho em campo

Mauricio Saraiva, do GE, descreveu um cenário desolador: "Num jogo tecnicamente pavoroso, o Fluminense garantiu sua ida às quartas de final contra um Inter confuso e incompetente. Com nove minutos a mais depois dos 45, o Inter não conseguiu produzir nenhum ataque. Sequer ataque sem perigo, um cruzamento, nada."

Lucas Mello, da Rádio Guaíba, resumiu: "O Inter fez força para jogar e não conseguiu criar nada. Tentou muito mais na transpiração. Sem contar os erros individuais. Semana passada foi Thiago Maia. Hoje, foi Ronaldo."

Tainan Nunes encerrou com uma crítica devastadora: "O Inter, em 180 minutos, conseguiu de novo entregar dois gols para o Fluminense. Além de não girar a faca, ainda oferece plano de saúde pro adversário. Inacreditável o que é o Internacional."

A unanimidade das críticas evidencia o momento crítico vivido pelo Colorado, que agora terá pela frente o desafio da Libertadores contra o Flamengo em meio a uma crise que parece não ter fim.

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