Em conversa com o jornalista Adroaldo Guerra Filho da ZH Esportes neste sábado, ex-treinador Colorado AbelBraga falou sobre sua sétima passagem pelo clube do Povo e o final frustrante e ridículo (pelas arbitragens) do Campeonato Brasileiro. Confira os principais trechos.
DECLARAÇÕES:
O retorno ao Inter pela sétima oportunidade: "Teve um jogo fundamental no meu retorno ao Inter, que foi contra o América-MG, em Belo Horizonte. Na minha reestreia, houve o jogo contra eles no Beira-Rio, que foi ataque contra defesa. Não podíamos ter levado aquele gol de bola aérea. Lá, eu mudei o time e coloquei o D'Alessandro para ganhar superioridade no meio-campo. Foi uma pena não termos passado por eles. Saímos chateados, por conta da eliminação nos pênaltis, mas vimos que tinha uma ideia de jogo ali."
A perda do título: "Neste penúltimo jogo, contra o Flamengo, tivemos a expulsão do Rodinei. Mesmo com um a menos, vimos o brilhantismo dos atletas. Aquilo era nossa estratégia. A gente sabia que, no segundo tempo, eles cansariam, mas aí veio o lance e aquela atitude ridícula do VAR logo aos dois minutos. A gente viu que já seria muito complicado. É muita sacanagem, não dá pra explicar.
"Na última rodada, foi aquilo que vimos. Se o Corinthians jogasse sempre daquela forma, estaria na fase de grupos da Libertadores. Foi uma pena, porque o Inter é um clube gigante, que passou por históricos inacreditáveis e que tem seu título tirado na "mão grande". Não dá pra entender como um clube é desfavorecido desta maneira. O torcedor me falava isso, de que estava muito convicto. Então é óbvio que causa uma frustração grande. Porque, no fundo, nós trabalhamos para estes torcedores.
"Falaram muito sobre nossa derrota para o Sport, mas o Flamengo perdeu para o Ceará no Maracanã. Estas coisas acontecem. O campeonato é duro. O legal é você ter um time cheio de garotos, como o nosso, com Caio Vidal, Praxedes e Yuri Alberto, e disputar um título até o fim contra uma equipe como a do Flamengo."
A relação com o grupo: "Quem merece todo este louvor são os jogadores. Um time de operários que ia até a última gota de suor, sempre acreditando. Foi simplesmente incrível o que vivemos. A relação da comissão técnica com a direção, que recém havia entrado, e o grupo era muito boa. Eles deixaram o trabalho fluir, sempre dando espaço para interagir.