Em entrevista ao programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, nesta quarta-feira (29), o ex-meia Alex, multi-campeão pelo Inter mas presente na campanha do rebaixamento em 2016, não citou nomes, mas afirmou que dirigentes do clube à época não queriam sua permanência no Beira-Rio:
"Uma coisa que falavam era que eles (dirigentes) não queriam o Alex, que falavam mal de mim por trás. Um jogador de um dos treinadores que passaram pelo clube até me confidenciou que o cara (o técnico) pediu para me machucar no treinamento. O treinador brigou com o jogador ali na frente, e depois ele (jogador) me confidenciou isso (que o técnico tinha pedido para machucá-lo). Eu falei: "Poxa vida, então o cara estava forçando ele chegar em mim, que era uma bola no alto, com o risco grande", revelou.
Em relação ao rebaixamento, analisou que o processo de retomada do clube tem sido bem feita, mesmo com as sequelas daquela temporada: "Na época vazavam coisas. Todo mundo ouvia, mas não tínhamos provas e não podíamos falar nada. E o elenco que a gente tinha naquela época era de muita gente que chegou no Inter querendo o primeiro título. Então era muita pressão (...) O descenso do Inter trouxe uma mudança. Não à toa, foi campeão da Copinha neste ano. A gente percebe esse trabalho bem feito, de reformulação do clube (...) eu participei da falha (rebaixamento) com o pessoal. Não quero me livrar. Joguei pouco e produzi pouco. Mas pelo sentimento que eu tinha pelo clube eu queria ficar. Fiz de tudo possível pra potencializar todo mundo. Muitas vezes chamei reuniões no meu quarto pra tentar ajeitar alguma coisa, mobilizar. O Roth, quando entrou, demorou nove jogos pra me colocar como titular. O Falcão só me botou no quarto jogo contra o Cruzeiro lá, que tomamos 4 e eu ainda fiz de pênalti. E eu vinha treinando igual como todos. Esses dias dei uma entrevista e um dos jornalistas disse que, na época, diziam que eu estava mal fisicamente. Mas eu treinava igual a todos, caramba. É óbvio que era coisa da direção”.