Um movimento que nascia com a promessa de revolucionar o futebol brasileiro, a Liga dos clubes, além de organizar as Séries A e B nacionais, vive momento para lá de conturbado. Após 40 dias da última reunião, que teve briga entre dirigentes, o bloco está estagnado, segundo o blogueiro do UOL, Danilo Lavieri.
No dia 23 de julho, os presidentes de Athletico e Bahia, Mario Celso Petraglia e Guilherme Bellintani, respectivamente, discutiram asperamente. Após isso, não houve encontros em massa e muitos entendem que a hora é de esperar a poeira baixar.
Dos 40 clubes das Séries A e B, nenhum formalizou uma saída do grupo, mas não sabem o que pode acontecer nos próximos dias após discutirem até questões financeiras e analisar o mercado para decidir os rumos do grupo. Times mais fortes como Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Grêmio e São Paulo tentam articular novos capítulos, especialmente após a saída de Júlio Casares do hospital por conta da covid-19.
Fora isso, movimentações de Flamengo e Atlético-MG no sentido de tentarem público de forma isolada no Campeonato Brasileiro e até a intervenção na CBF minaram o sentido de unidade do bloco.
Sem Rogério Caboclo, afastado da presidência, a CBF já alinhava com seus vices um movimento de entrar em consenso com a nova Liga para que a entidade conseguisse participar das mudanças, mas a demora para que os planos sejam colocados em prática animam os opositores à ideia dos clubes.
OUTRA VERSÃO
Já o Globo, cita uma outra versão. Segundo o portal, essa sensação de "estagnação" seria proposital, segundo os envolvidos. Após crise na CBF e desentendimentos entre os presidentes de clubes, os cabeças do plano preferiram sair dos holofotes e agir nos bastidores. A Liga já está com toda a estrutura organizada, aguardando o aval dos cartolas.
Mesmo com sa brigas citadas acima, por ora, a regra é baixar a bola e tentar unir os presidentes dissidentes entre os 40 clubes das séries A e B, que são Petraglia e Mario Bittencourt, do Fluminense. Há assuntos a serem discutidos que ainda podem resultar em mais desentendimentos, já que envolvem recursos. Os dirigentes vão precisar se alinhar sobre divisão de direitos, sobretudo os de TV. O temor, no entanto, é que haja uma desmobilização dos presidentes.
Os dirigentes pretendem fazer alguns anúncios nos próximos dias. Eles estão à espera da recuperação do presidente do São Paulo, Júlio Caseres, que ficou um mês internado com Covid-19.