Convocada pela primeira vez para a Seleção Feminina Principal, Gabi Barbieri não escondeu a felicidade e a emoção de vestir a camisa verde-amarela. Com constantes convocações para a equipe Sub-17 e Sub-20, a goleira avaliou positivamente seu primeiro treino no time adulto.
Em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (22), a atleta do Internacional lembrou de quando recebeu a notícia e como foi a reação. Sua família, que também é formada por goleiros, também não escondeu a felicidade em vê-la com a camisa da Seleção.
"Eu recebi a notícia do nada. Estava saindo do jogo contra o Corinthians e fiquei muito feliz. Me emocionei, é claro. Não esperava! Liguei para a minha família, minha mãe me viu chorando no telefone e já começou a chorar junto sem nem saber o que era. Quando contei, eles também ficaram extremamente felizes. Meus pais foram goleiros, meu irmão também atua na posição... a família toda faz parte do processo, está dentro do esporte. Todos ficaram muito contentes", conta.
"Vou buscar dar o meu máximo, treinar bem, desenvolver meu futebol aqui dentro. Fico um pouco ansiosa porque é algo totalmente diferente do que estava acostumada, mas quero deixar uma pulga atrás da orelha e, caso surja uma oportunidade para a Copa América, estarei pronta. Não sei o que eles avaliam para fazer a convocação, mas acredito que notaram algumas defesas. Acho que observam como um todo e não um atributo específico, por isso me dedico em tudo para conseguir me destacar", pontuou.
Seguindo a herança familiar, Gabi contou um pouco de como começou a se interessar pelo gol. Aos 19 anos, a jovem arqueira soma mais de uma década atuando sob a baliza.
"Meu pai agarrava no campo. Minha mãe e meu irmão, por outro lado, atuaram no futsal. Comecei a me interessar na escolinha em Descanso, em Santa Catarina, vendo as partidas do meu irmão. Um dia cheguei do treino e pedi luvas pro meu pai, disse que queria começar a ser goleira. Desde os oito anos eu comecei no gol e não saí mais. Estou muito feliz. Quero aproveitar o máximo possível, adquirir todo o conhecimento que puder com as meninas para sair daqui ainda mais satisfeita", explicou.
A jogadora do Internacional também aproveitou para elogiar o trabalho feito na base do clube gaúcho. De acordo com ela, o Colorado a ajudou muito no processo de transição e, além disso, ela mantém um ótimo relacionamento com Mayara, que era titular da posição até se machucar e dar lugar à Gabi.
"O trabalho do clube é fundamental para que a gente se desenvolva. Antigamente era difícil ter alguém ao seu lado cobrando, dizendo o que você precisa melhorar. Então, tento aproveitar ao máximo todos os dias para que eu me desenvolva e me destaque cada vez mais. Ontem fiz meu primeiro treino pela Seleção Principal. Não muda de forma muito drástica. Logicamente, aqui é mais pegado, mas não vi muita diferença. Acho que consegui me sair bem também. O trabalho na base foi muito importante para isso, o Inter me ajudou bastante. Minha transição para o profissional foi muito boa, pude me desenvolver bem. Tive o acompanhamento de um bom preparador e acho que isso fez total diferença para que eu chegasse aqui preparada", disse.
Assessoria CBF