Barcellos comenta busca por n°9 e pede por conquista: 'torcedor precisa comprar essa ideia, fazer diferença a nosso favor'

Texto por Colaborador: Redação 19/07/2022 - 04:49

No seu camarote, o presidente colorado, Alessandro Barcellos, bateu um bapo nesta segunda-feira (18) com o GE.com sobre as principais situações que envolvem o SCI De reforços à liga, de renovações à busca por títulos em 2022. Confira os principais trechos:

Sonho com Brasileirão e Sul-Americana

Quando ainda era vice de futebol, já dizia que o segundo turno é mais difícil que o primeiro. Começa a ser decidido o título e descenso. Os adversários que, em um primeiro momento, não estavam tão mobilizados, agora ficarão. Os que estão na parte de cima são mais visados e se preparam melhor.

Está muito aberto e precisamos ter esta realidade presente. Quando chegamos por um gol em 2020, trabalhamos jogo a jogo. Cada jogo é uma decisão. Isso que precisamos tratar internamente e com o torcedor. Fazer com que compre a ideia. É tão difícil quando saímos e vemos os estádios lotados. Isso precisa fazer a diferença a nosso favor como sempre fez.

Na Sul-Americana também. Faltam duas fases, quatro partidas, para a grande final. Cada jogo será uma batalha. Si, se puede. Trabalhamos para isso, mas é difícil. Temos que respeitar os adversários e trazer o torcedor para próximo do clube. Esta relação faz a diferença no ambiente, mental. Ruas de fogo no Colo-Colo... Esta atmosfera que perseguimos. Se tivermos, coisas boas podem vir.

Criação da Liga

Nossa decisão, em conjunto ao Conselho de Gestão, é neste momento. São momentos distintos aos que passamos e dos que virão. Neste momento, ela não é vinculante à uma posição para frente, é momentânea. Os clubes se organizaram em busca de um debate entre os 40 times. A ideia sempre foi e sempre será, pelo menos de nossa parte, uma liga apenas.

O que temos ali são posições em cima de critérios de como deve se organizar a Liga e, principalmente, a divisão de recursos dos direitos de televisão. Para nós, hoje há um desequilíbrio no futebol brasileiro. E, a partir da liga, é preciso uma transição para, com o tempo, buscar uma redução. Como ocorre na La Liga, na Premier League e na Bundesliga. Hoje vai a seis, sete vezes entre o primeiro e último colocados.

Entendemos que seja racional ter uma liga como é a La Liga, de 3,5 vezes, ou a Premier League, que é de 1,5 vez. Esta é a tentativa e o consenso que buscamos. Do outro lado, há uma manutenção de critérios que precisam ser discutidos. A busca continua.

O Inter assumiu com os clubes que estão no Futebol Forte de fazer a interlocução e buscar a relação e aproximar. Temos trabalhado muito nisso. É uma das atividades mais importantes, fora o nosso clube, que estamos envolvidos. Acreditamos na liga com todos os clubes. Nada que saia fracionado, para um lado ou outro.

Há a lei do mandante, que dá aos clubes o direito de vender seus jogos em casa, equilibrou muito a diferença de audiência. Um clube que vendia 38 jogos para a grade de televisão hoje tem 19. Este equilíbrio que a lei trouxe precisa se materializar também nos contratos e divisão dos recursos.

Acerto e rendimento com Mano

Tivemos dificuldades na forma de acertar a forma de condução da equipe com comandos técnicos que não se adaptaram aos jogadores, ou vice-versa. Felizmente, agora encontramos o equilíbrio entre o comando técnico e o grupo montado. Evidente que planejamos a montagem na virada do ano com um treinador, mas hoje estamos com outro.

Muitas destas peças que vieram na janela foram focadas em um modelo de jogo. Mas, na conversa que tivemos com o Mano, falamos que estávamos montando um plantel com este formato, que tínhamos o interesse que o time jogasse de uma forma diferente da forma que historicamente jogava, muito reativo.

Brinco muito com isso, mas todos veem. Ele compreendeu perfeitamente e está aí o trabalho. O nosso time oscila entre o segundo e terceiro melhor ataque do Brasileirão. É um time com posse, volume, que cria chances de gol. Este é o Inter que o torcedor quer e nós buscamos.

O Mano, nos anos de glória, também teve times envolventes, que buscava se impor. Quando o trouxemos, tivemos uma conversa muito positiva. Vemos os olhos dele, o dia a dia, as expressões. O Mano está realmente motivado para fazer. É um momento que o Inter precisava do Mano para trazer esta estabilidade e experiência, e o Mano tinha no Inter uma oportunidade que é um grande treinador e tem feito.

Esta relação com a mudança de fotografia traz resultados. Ainda é cedo. Não podemos ter euforia de quando achar que, quando ganhamos está tudo resolvido, do mesmo jeito que, quando perdemos, achar que está tudo errado. O equilíbrio é necessário.

Temos que seguir o trabalho e olhar para o mercado as oportunidades para preencher o grupo o número de jogadores em qualidade, além de olhar para o equilíbrio financeiro do clube. Precisamos ter uma sustentabilidade. Não podemos ter um processo com dificuldades na redução de déficits, pagamentos de dívidas.

Mano fica para 2023?

Temos um contrato vigente. Conversaremos, por óbvio, para que isso ocorra. O Mano também não tem esta pressa. Da forma que temos criado a relação, não será problema, para acertar os próximos passos e temporadas. Nosso desejo é o de ter um treinador com o maior tempo de permanência. Infelizmente, não tivemos um tempo necessário para os treinadores anteriores mostrarem o seu valor.

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Alguns detectamos muito cedo que seria difícil. Outros acreditamos mais, mas não deu. Agora vemos no Mano esta relação. Principalmente ao encontrar o grupo que estava aqui e potencializando. Isso mostra o valor do treinador que trabalha e tem flexibilidade de montar o time com o que tem.

Propositadamente, com convicção, buscamos treinadores neste período que tinham um modelo de jogo específico. Para isso, precisavam atletas específicos. Alguns tiveram esta chance, mas não conseguiram desenvolver o trabalho. Outros não tiveram, como o Medina, que não pôde treinar os jogadores que chegaram na janela.

O Mano chegou, adaptou o modelo de jogo, entendeu a equipe e faz um trabalho importante ao clube e a carreira dele.

Esforço por Yuri Alberto

É uma importante receita que o Zenit tem honrado rigorosamente. Há parcelas a vencer, mas tudo dentro do combinado. Até agora, não houve atraso algum. Eles pagam de forma muito correta com o Inter. Não temos problema algum.

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Ele esteve aqui em Porto Alegre. Vestiu a camisa do Inter e foi ao jogo. Participou do momento e tínhamos a expectativa que voltasse. Infelizmente, não foi possível. Uma decisão legítima do atleta. Fizemos todo o esforço possível. O torcedor pode ter certeza... Não preciso explicar quem buscou o Yuri e quem tem convicção de que se trata de um grande jogador.

Vida que segue. Página virada. Que tenha sucesso na carreira. Nós continuamos fortes. Buscamos nossos resultados, nossos gols com Alemão, David, Wesley, Cadorini. Eles quem têm nos dado alegrias e seguirão nos ajudando.

Busca por um centroavante

É uma posição muito difícil, que os grandes clubes procuram e não conseguem encontrar. Alguns até em condições financeiras melhores que o Inter. Não é fácil buscar. Temos muita cautela. Há de se valorizar o grupo que temos, os jogadores que entram em campo e fazem sua parte.

Evidente que uma posição como esta é preciso estar atento ao mercado, se existe uma possibilidade, como a do Yuri. Um jogador diferenciado, que esteve aqui e fez boa parte dos nossos gols de 2020 e 21. Mas nada que nos leve a estarmos fora do ritmo normal de trabalho. Tem uma janela, um limite de datas e pesquisamos. Não tenho um número, mas temos uma relação, questões contratuais.

Não adianta sonhar com jogadores afirmados jogando. Há critérios para formar as possibilidades do momento, que podem mudar, como uma briga com direção, que tem um problema de relacionamento e quer sair. Aí pinta um negócio novo. E trabalhamos no que é possível. Não é diferente o camisa 9, 4, 7.

Renovações de Wanderson e De Pena

Trabalhamos com o estafe e o próprio Wanderson, que manifesta o desejo de seguir no clube. É um jogador importante para nós. Temos segurança jurídica para fazer estes movimentos e ficar com ele por mais tempo. O departamento de futebol já teve conversas e organizado quanto a isso. Tenho certeza de que continuaremos com o Wanderson, que é o desejo da torcida, direção e comissão.

Já estamos conversando com o estafe do De Pena. Ele se identificou demais aqui. É um interesse mútuo da permanência. São questões que internas que temos entabulado para que fique mais tempo conosco. Tem dado muito certo.

 

 

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