Em entrevista nesta semana ao programa Donos da Bola, da Bandeirantes, o presidente colorado, Alessandro Barcellos, afirmou que existem profissionais de algumas equipes que trabalham, especificamente, para atrapalhar as movimentações de rivais no mercado. Sem citar nomes, tal postura foi explicada pelo mandatário alvirrubro, enquanto especula-se de que estivesse possivelmente falando dos novos "milionários" do país, como o Flamengo ou Palmeiras:
“Hoje, infelizmente, há algo que me preocupa demais no futebol brasileiro. Estamos saindo do limite da ética. Há profissionais no mercado que trabalham especificamente monitorando os movimentos de clubes adversários e atravessando negócios. E criando dificuldades. Se a gente começar a falar de negociações antes disso, é neste aspecto que o sigilo é importante. E já me deparei com alguns casos assim (...) Não quero que isso prejudique o meu clube. Por isso trabalhamos com sigilo (sobre reforços), que é para tentar tirar o maior proveito desse processo de negociação. Tudo isso para fazer negociações rápidas, seguras e boas para o clube. Isso nem sempre é possível, porque envolve os agentes, que muitas vezes querem fazer leilão. Isso a gente tem tentado diminuir junto com outros presidentes de clubes”.
Antes que algum jornalista pudesse questionar, Barcellos se antecipou e afirmou não se tratar do Grêmio:
“Falo isso de forma franca, mas quero dizer que não é nada em relação ao nosso rival. Mesmo com a gestão anterior e agora essa, sempre tivemos uma relação muito boa. Falo em relação a clubes que inclusive possuem maior poder financeiro. Estou vendo isso: esses clubes têm jogadores importantes no banco de reservas que não estão no Inter por razões estritamente de mercado”, esclareceu.