Apó empate de 1 a 1 no tempo normal (mesmo placar do jogo de ida da semifinal), o Inter foi superado por 6 a 5 nos pênaltis, pelo Juventude, e encerrou sua participação no Campeonato Gaúcho de 2024. Com duas atuações medíocres nas semifinais, a gestão de Alessandro Barcellos soma o terceiro ano seguido sem chegar sequer nas finais do estadual, nitidamente o certame mais "fácil" para se vencer na temporada. Após o jogo, o mandatário alvirrubro estava visivelmente indignado com a desclassificação, relatando o sentimento de ser eliminado e como pretende intervir no vestiário. Confira suas declarações:
"Sentimento de indignação e de vergonha. O trabalho que vem sendo feito, o apoio do torcedor, ele não justifica estarmos de fora das finais do Campeonato Gaúcho. É dessa forma que a gente ainda trabalha emocionalmente para levantar uma temporada que tem pela frente, com um grupo que nós acreditamos que vai necessariamente ter que nos trazer alegrias. Ao mesmo tempo entender o que aconteceu e tirar lições desta desclassificação, para que a gente possa reverter, nas competições que temos pela frente, reverter esse sentimento que passa pelo torcedor e por nós de tristeza".
"O torcedor tem o direito, por estar sofrido, a partir de um trabalho do clube gerar essa expectativa. Da parte do vestiário para dentro, não. Isso aqui é sério, futebol movimenta milhões, e a necessidade de estarmos 100% focados foi evidente. Não só hoje, na partida anterior a gente viu um adversário agrupado, forte e dividindo. Nós tivemos dificuldades contra o Juventude. Pode ter certeza, eu não vou individualizar, mas já tivemos cobranças e elas serão maiores. O Inter não pode perder campeonato por detalhe, por algum ajuste que não esteja dentro do nosso controle. Esses ajustes precisam ser compreendidos pelo que aconteceu".
"Não podemos ficar passando pano. O investimento que estamos fazendo, a necessidade que nós temos, por isso os investimentos em conquistas, precisa se refletir em cada gesto e em cada detalhe. Eu disse para os atletas agora pouco, não falta nada dentro do vestiário e dentro do clube. O que vocês imaginarem de condições de trabalho, a gente está fazendo. E a gente vai cobrar os resultados. Assim que trabalhamos e agimos com transparência. Então tenho certeza que teremos uma temporada de vitórias e de conquistas. Que essa classificação doída, sirva muito para termos um ano melhor".
"É muito difícil pedir isto (apoio) neste momento. O que faz a força do Inter é a sua torcida. O torcedor pode ter certeza que para dentro vamos cobrar... É função nossa pedir ao torcedor que continue nos apoiando. Sei que é inoportuno. O torcedor fez de tudo até agora (...) Estamos montando uma equipe competitiva. Temos 3 competições importantes pela frente. Precisamos tirar lições agora para reverter esta situação... Este elenco tem capacidade de dar a volta por cima e nos dar alegrias".
"Hoje foi o 1º round [de cobrança aos jogadores]. Amanhã tem o 2º. Vai ser um por dia até estrear na Sul-Americana. Foi assim que outros momentos conseguimos e será assim agora... Quando falo cobrança não é só dos jogadores. É do departamento de futebol, vestiário, jogadores. Dos executivos ao jogador mais jovem. Todos têm responsabilidade. Futebol é ambiente profissional. Montamos elenco com objetivos como qualquer empresa que precisa de resultado (...) Não podemos fazer terra arrasada. Continuamos com a convicção de que este grupo com esta comissão vai nos trazer alegrias".
“O torcedor tem o direito de gerar expectativa. Mas da parte do vestiário para dentro, não. A gente tem necessidade de estar focados (...) Por tudo que vinha sendo feito, pela opinião de vocês, elogiando a equipe, não vi críticas até agora. Por tudo isto é possível acreditar que este trabalho pode dar a volta por cima... Não vamos desistir. Precisamos estar fortes. O grupo precisa estar forte. A torcida está doída, mas precisa estar forte. Tem coisa boa guardada".
"Tenho certeza que trabalharemos muito para que está desclassificação doida sirva muito pra que tenhamos um ano muito melhor (...) Vimos aqui vitórias importante e derrotas difíceis. Cada decisão é uma história. Passamos por vitórias importantes e por derrotas importantes".
Fator psicológico: "Não encontramos alguém que tenha experiência ou que tenha trabalhado e possa acrescentar [profissional da psicologia]. Não acho que tenha sido um fator psicológico que definiu a partida... Temos comissão técnica experiente, jogadores com muita experiência e precisamos olhar para isto e não colocar neste fator [psicológico] o resultado de hoje".