Os principais clubes do Brasil faturaram R$ 8,1 bilhões no ano de 2022. Porém, grande parte desse dinheiro está nas mãos de poucos. De acordo com dados divulgados pela consultoria EY, apenas cinco equipes dividem praticamente a metade de todo esse montante.
São eles Flamengo, que no último ano faturou R$ 1,177 bilhão, Palmeiras (R$ 867 milhões), Corinthians (R$ 777 milhões), São Paulo (R$ 661 milhões) e Internacional (R$ 467 milhões). Juntos, eles representam 49% da arrecadação dos 30 clubes que tiveram seus balanços financeiros analisados.
Olhando para as receitas com direitos de transmissão e premiação por clube, Flamengo e Palmeiras representaram 25% do total arrecadado pelos clubes e 47% das receitas estão concentradas em 5 clubes: Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Grêmio.
“Esses resultados foram impulsionados pelas conquistas esportivas dos últimos anos, no período de 2018 a 2022. Vale ressaltar que o Flamengo tem 14% de receitas com direito de transmissão e premiações, maiores que o Grêmio e Internacional juntos, enquanto o Corinthians, com 9% possui mais receitas com direitos de transmissão que Bahia, Fortaleza e Ceará somados”, ressalta Pedro Daniel, Diretor Executivo de Esporte da EY.
Segundo a consultoria, o Flamengo bateu o recorde de receitas para um clube no Brasil, muito por conta das premiações de R$ 154 milhões com os títulos da Copa Libertadores e da Copa do Brasil. O lucro poderia ser ainda maior, se o Rubro-Negro tivesse vendido mais atletas.
Foi muito por conta desse quesito, aliás, que o São Paulo aparece no Top 5, já que 35% de suas receitas em 2022 foram oriundas de transferências de jogadores. A maior parte desse dinheiro veio da mais valia obtida na negociação que levou Antony ao Manchester United.
Já o Grêmio, que apresentou a 3ª maior receita total em 2021, com R$ 538 milhões, em 2022 ocupou apenas a 11ª colocação, já que disputou a Série B. O clube registrou uma redução de R$ 209 milhões no faturamento de um ano para o outro.
Entre os clubes fora dos líderes, o que mais se destacou pelo aumento das receitas foi o Fortaleza, que polou de R$ 175 milhões em 2021 para R$ 268 milhões em 2022, um aumento de R$ 93 milhões.
As Dívidas Tributárias aumentaram em 8%, os empréstimos em 19% e o endividamento teve alta de 9%, em relação ao ano anterior. O Endividamento Líquido apresentou um aumento de R$ 333 milhões, se comparado ao resultado de 2020, que até então tinha sido o maior nos últimos 10 anos, e de R$ 900 milhões em relação ao ano de 2021, que havia tido uma queda.
Como vivem fase de transição para a SAF, clubes como América-MG, Botafogo, Cruzeiro e Vasco tiveram os valores contábeis desconsiderados do Demonstrativo de Resultado.
Fonte: ESPN e mktesportivo