Como se saiu Coudet cada vez que enfrentou o seu ex-amor, Rosário Central

Texto por Colaborador: Redação 10/06/2024 - 00:30

Minutos antes da meia-noite de sábado ficou definido que o Inter será o rival do Rosário Central na repescagem por uma vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Deste embate de vizinhos, o fato notável é que o "canallas" reencontrarão com um velho conhecido da casa: Eduardo Coudet. Sim, Chacho vai pisar primeiro no Gigante de Arroyito e depois, provavelmente no Beira-Rio, tentando fazer com que seu time coloque de joelhos o time de Miguel Angel Russo. E a roleta do futebol já gira há tanto tempo com Coudet como treinador que não será a primeira vez que ele enfrenta o clube onde foi primeiro jogador e depois treinador. Foram três vezes que Coudet enfrentou um dos mais tradicionais clubes e Rosário, sempre liderando o Racing, e nunca perdeu (venceu duas e empatou as restantes). 

Do ponto de vista estritamente futebolístico, havia um time que os argentinos seguramente não gostaria de enfrentar, o próprio Inter, pela simples razão de que a esquadra gaúcha tem um elenco dos mais renomados do continente. Sem dúvida era o mais difícil dos três possíveis rivais além de Racing de Montevideo e Always Ready da Bolivia. Mas o fato de ser Chacho quem representa um obstáculo às ambições argentinas é algo como uma careta do destino.

E que sim, não é algo que será estranho. Já foram três ocasiões em que Chacho Coudet enfrentou o Central. Dois deles estavam em Rosário e outro em Buenos Aires. E as estatísticas funcionam claramente a favor do atual treinador colorado: dois desses três jogos ele venceu e o outro empatou. 

O sabor do reencontro

No final de abril de 2018 o Central recebeu o Racing. Foi uma vitória de Chacho, que antes do início da partida recebeu uma placa da diretoria da época, em meio a uma grande recepção para quem até recentemente tinha sido o treinador canalla.

No que diz respeito ao futebol, o Racing de Chacho venceu muito bem por 2-0 (Brian Mansilla e Lautaro Martínez) e colocou verdadeiramente em xeque o ciclo de Leo Fernández, que poucos dias depois deixaria o cargo.

No mesmo ano, mas com outro treinador, Central e Coudet voltaram a cruzar a vida como rivais. Em Arroyito já havia posto os pés nada menos que um jogador histórico da casa como Edgardo Bauza e foi aquele time de Patón que viajou até Avellaneda tentando prolongar o formidável início de torneio (Superliga 2018/19), já que nos três primeiros jogos o Central venceu (2 a 0 contra o Banfield, 1 a 0 contra o Talleres e 2 a 0 contra o San Martín de Tucumán). Mas daquela vez o Central não conseguiu.

Tal como naquele primeiro confronto, Marco Ruben fez parte da equipe e embora não houvesse torcedores o resultado foi 2 a 0 com gols de Lisandro López e Augusto Solari, fruto de um procedimento claramente favorável à Academia de Avellaneda.

Novamente no Gigante

Na 8ª rodada da Superliga 2019/20, o encontro ditou mais um Central-Racing e como Chacho ainda estava no comando de outro Racing, houve um novo capítulo de Coudet frente ao Central, e foi novamente num Gigante de Arroyito que, como não poderia deixar de ser, o treinador visitante prestou-lhe uma homenagem.

Já estava no comando do Central Diego Cocca, que acabava de ser treinador do Racing e foi quem conseguiu pelo menos um ponto da equipe do Chacho, embora o canalha daquela ocasião merecesse amplamente os três. Ele foi muito superior e desperdiçou meia dúzia de situações muito claras.

Esse 1 a 1 (Lucas Gamba para o Central e Lisandro López para o Racing) foi a última vez que Coudet enfrentou o Central, do qual não era fã desde criança, mas que aprendeu a amar quando cresceu.

Haverá mais um cruzamento, o quarto, mas desta vez em partida eliminatória, para um torneio internacional e contra outro treinador que sabe muito: Miguel Angel Russo.

Tradução e resumo via La Capital

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