O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi convidado nesta quinta-feira para falar em encontro dos presidentes do Mercosul, onde não garantiu a final única da Libertadores no Maracanã: 'Temos que esperar como segue o vírus'
O dirigente preferiu não falar em possíveis datas para a retomada da Libertadores, deixando a sequência das atitudes nas mãos dos Governos nacionais.
Segundo Domínguez, a prioridade da Conmebol neste momento é "proteger a saúde de todos os envolvidos no futebol", enquanto a pandemia de COVID-19 segue atingindo os países sul-americanos, em especial o Brasil, com força.
"Pessoalmente, digo que é uma honra ter trabalhado com vários de vocês e sei do interesse de vocês na volta do esporte. Reconheço os esforços dos Governos para atenuar os efeitos da pandemia. Como milhões de sul-americanos, lhes desejo êxitos. Desde o início, foi prioridade da Conmebol proteger a saúde de todos os envolvidos no futebol", afirmou.
"As competições foram suspensas de imediato. Uma das muitas lições que ficam que um mundo sem futebol é triste, um mundo cinza. O futebol é um catalisador de energia. Nossas pessoas fizeram grandes esforços, severas quarentemas, e o futebol pode dar o ânimo que as pessoas precisam para levantar desse golpe", acrescentou.
"Milhares de jogadores e jogadores, técnicos, roupeiros, jornalistas e muitos outros dependem desse esporte economicamente. O futebol é uma indústria que dá o sustento para inúmeras pessoas do continente. Saúde e vida estão acima de tudo para a Conmebol, mas chegará o dia que os casos vão diminuir e será possível voltar", complementou.
De acordo com o cartola, a retomada do futebol sul-americano passa pela elaboração de um rígido protocolo de segurança para tentar impedir a disseminação do novo coronavírus. Além disso, os jogos sem público deverão ser realidade no futuro próximo.
Domínguez, tadavia, não fez qualquer estimativa de datas, e ressaltou que os Governos devem atuar para conter a COVID-19 o mais rápido possível se quiserem a volta do futebol.
"Uma equipe de especialista fez protocolo para treinos, viagens, competições, as entradas e saídas nos aeroportos. Os primeiros passos de um processo gradual que começa com jogos sem público. Nossa intenção não é voltar da noite para o dia para a normalidade pré-pandemia. O futebol vai voltar quando vocês (governantes) considerarem oportuno", salientou.
"Os protocolos foram aprovados pelas associações e levados aos governos. Não falamos em datas, mas em um plano para o retorno coordenado do futebol. Nosso objetivo é que a bola volte a rolar para encher os corações de todos na América do Sul", finalizou.
Fonte: ESPN.com.br