Texto por Colaborador: Redação 11/03/2023 - 00:00

O jornalista Fabricio Falkowski, em artigo no Correio do Povo, trouxe detalhes da decisão que os conselheiros do Inter deverão tomar sobre as a reunião no dia 13 de março que deve indicar se o SCI vai optar pela LFF ou pela Libra.

Há algumas semanas, a atual gestão, liderada pelo presidente Alessandro Barcellos, busca elucidar as principais dúvidas dos conselheiros, além de vender a ideia de que a melhor alternativa para o Inter é seguir com a LFF – onde estão os clubes menores e com menos torcida, mas que, em tese, oferece divisões mais equânimes dos recursos.

O objetivo do mandatário alvirrubro é ter aprovada na próxima segunda-feira uma autorização para, além de seguir negociando em nome do Inter com a LFF, efetuar a venda dos direitos e já receber um primeiro aporte, que se estima seja entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões ainda neste ano.

No último dia 6 de fevereiro, os 26 clubes fecharam questão em torno da proposta de R$ 4,85 bi pela venda de 20% dos direitos de transmissão para o Serengetti, em acordo válido pelos próximos 50 anos. Os 26 clubes integrantes saíram da reunião com a missão de referendar o acordo em seus Conselhos Deliberativos e voltar dentro de prazo de 90 dias, para assinatura de contrato. 

O problema é que muitos conselheiros questionam a opção pela LFF, quando a maioria dos grandes clubes está com a Libra. Também salientam que se trata de um negócio fundamental para a sobrevivência do clube no médio e longo prazos e que, por isso, necessita de mais tempo para uma tomada de decisão. No início da semana, um requerimento com a assinatura de 130 conselheiros foi protocolado na secretaria do CD para que a reunião do dia 13 de março sirva apenas para aprofundar o debate, mas não para autorizar a atual gestão a fechar o negócio.

Em relação aos grupos, há conversas em andamento para alcançar um consenso entre as duas ligas e, nas últimas semanas, houve avanço neste sentido. Todavia, não há um acordo e os dois blocos negociam separadamente com investidores. No entanto, integrantes da Liga Forte Futebol estão descontentes com a proposta feita pela Liga do Futebol Brasileiro para a unificação dos grupos e a criação de uma liga de futebol unificada. Segundo os dirigentes, a proposta prevê algumas condicionantes como a manutenção dos valores pago a Flamengo e Corinthians no contrato atual. A proposta da LiBRA é que a diferença entre os ganhos entre o primeiro e o último colocado na Série A seja de 3,9 vezes por um período de cinco anos; ou até que o faturamento da liga atinja R$ 4 bilhões. A partir daí a diferença cairá para 3,4 vezes. O defendido pela LFF é 3,5 vezes. Os clubes da LFF alegam não ser justo que apenas dois times tenham uma garantia enquanto os demais precisarão se sujeitar as cláusulas de novos contratos.

Tanto a Libra quanto a LFF devem negociar conjuntamente um percentual de cerca de 20% de todos os direitos (inclusive TV e streaming) dos clubes por um prazo de 50 anos por valores na casa dos bilhões de Reais. A distribuição desses recursos, agora e nas próximas décadas, está na raiz da disputa entre os dois grupos de clubes.

 

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