A pandemia de Covid-19 também impactou os estádios de futebol. Com mais de dois meses sem receber jogos e torcedores, eles agora vivem quase desertos, com o mínimo de funcionários presentes, e geram nos clubes uma preocupação inédita: como amenizar o prejuízo.
Gerando altas despesas operacionais diárias com água, luz, manutenção e segurança, o balanço de 2018 aponta uma despesa total neste item de R$ 26,5 milhões.
Agora, sem data para as competições serem retomadas, ter uma estrutura desse porte parada só ajuda a aumentar o cenário de incerteza sobre as finanças.
“O Beira-Rio tem capacidade maior do que a população de muitas cidades. Estamos falando de um equipamento para 50 mil pessoas. Durante um dia, temos ‘n’ fatores e situações que geram despesas. Água e luz são gastos básicos, mas outros maiores”, disse Alexandre Chaves Barcellos, 51, vice-presidente de futebol do Internacional, para os canais ESPN.
A receita de shows não causa impacto. Ela é 100% destinada a Brio (BTG Pactual e Andrade Gutierrez), empresa que administra o Beira-Rio em parceria com o Internacional.
Em 2017, o Gigante apresentou um prejuízo aproximado de R$ 8,08 milhões, não se mostrando financeiramente sustentável mesmo com jogos durante toda a temporada. Agora, com jogos sem público se avizinhando, tal impacto negativo deverá aumentar significativamente, visto que a bilheteria é a maior receita e também a mais importante para a sustentabilidade financeira do estádio, mesmo com apenas 40% de média de ocupação.