Nietzsche dizia que a Filosofia servia como um martelo, questionando concepções e valores pré-concebidos sem muito questionamento. Séculos depois, o conceito parece servir como uma luva para tentar avaliar o ambiente do Internacional. Sim, isso mesmo. A ideia é justamente trazer à tona um comportamento que se tornou praxe em algumas redes sociais mas que, para piorar, refletem alguns modos de conduta da direção do Internacional e seu bom mas complicado treinador, Eduardo Coudet.
O X da questão é que, defender uma concepção de trabalho, seja qual for, exige conceitos corretos, sem eles, se perdemos ao longo do tempo, precisando no fim apelar para defendê-los. Vou repetir uma estrutura conceitual que tem ocorrido por parte dos "Coudezistas", ou mero "puxa-sacos" do atual técnico alvirrubro. Desculpem o tom jocoso e um tanto debochado, a ideia não é ser desrespeitoso com os colorados dessa "religião", mas usar um martelo Nietzschiano, que em vez de construído de metal bruto será de plástico, com duas pontas elásticas, um pouco dobradas entre si, do tipo que faz aquele barulho de som de brinquedo de criança "tchommmm". Assim, se bater na cabeça não machuca, só incomoda. Vamos começar?
O Chachocozista clássico tem dificuldades de compreender a diferença de futebol descritivo e metafísico. Na Filosofia, metafísica não é uma experiência mística ou sobrenatural, mas uma afirmação lógica de alguma realidade totalizante, seja ou não somente física ou além-física, conceitual. Nesse aspecto, o futebol descritivo seria quase uma literalidade: vinte e dois jogadores, divididos em dois conjuntos, esforçam-se por fazer entrar uma bola no gol contrário, sem intervenção das mãos, com o objetivo de marcar e vencer. Capiche? Eu posso gostar de futebol, ou seja, o esporte em si. No sentido oposto, todavia, o Cudezista Raiz afirmará redundantemente que isso não é futebol. Em sua perspectiva, o futebol em SI trata-se de um único estilo de jogo: ofensivo, linhas altas, marcação pressão, posse de bola... ao afirmarem isso, o que fazem? metafísica, confundem uma questão estética, plástica e etérea com o esporte em si, isso sem falar quando desmancham a lógica para afirmar que só há UM caminho para se vencer, o deles. Ao fazerem isso, decorre um problema grave intelectual: não possuem capacidade cognitiva e de representação para enxergar inúmeras outras formas de estratégia, ou pior, os contextos em que cada possibilidade é formatada, este sim o verdadeiro detalhe crucial que requisita muito mais explicações que uma mera afirmação geral (o COMO e não o QUÊ se implementa como correto a priori e por si só). A França de Deschamps? aquilo não é futebol. A Itália de 1982? Idem. O Leicester de Ranieri? Inter de Mourinho? Até Ancelotti e Zidane? (Não faltam escolas, mixagens ou riqueza de ideias em um único jogo podendo ser adaptada). Todo este leque de variedades se transformam assim em rasos ou arcaicos modelos de times pequenos (afirmação metafísica), tornando ainda mais pobre qualquer narrativa que se vislumbre. O Inter, portanto, na visão destes 'gênios', deveria jogar somente de uma única forma, condicionada em suas subjetividades como sinônimo de "uma equipe GRANDE". Nisso, afirma-se outra asseveração totalizante: EU possuo o verdadeiro futebol, vamos todos jogar de uma única forma, sem qualquer perspectiva histórica do próprio esporte em questão. A completa imbecilidade.
Ao se agarrarem ao mero estilo atual, que justamente é o da moda, não encontram razões para ver onde o atual clube que dizem amar, SCI, está pecando. Defendem com unhas e dentes qualquer porcaria de atuação como um grande feito. Quando questionados, qual o procedimento? extremamente anti-democratas, curiosamente valores que costumam arrotar como benfeitores em suas próprias redes sociais. Atiram coisas como 'VOCÊ NÃO É COLORADO!' (falácia básica Argumentum ad hominem, ao atacarem o indivíduo e não suas ideias). 'TRAZ O ODAIR OU O MANO ENTÃO' (essa é a pior, erro de lógica do jardim de infância: seria como falar: O CORINTHIANS É RUIM? MAS E O PALMEIRAS? O GRÊMIO? TORCE PRO CAXIAS ENTÃO, Estou falando do INTER SUA ANTA! Quem disse que criticar o atual técnico é sinônimo de DEFENDER o MANO ou qualquer outro sujeito??). Respira fundo... calma, mas vamos além e entender algo chave, como qual o objetivo desse modus operandi? LACRAR as críticas, o que, como disse anteriormente, não é nada democrático. Em vez de oferecerem argumentos, apelam.
O que sobra aos "menos colorados" que somente vislumbram que o Internacional deveria render mais e melhor? aplaudir, apoiar, vamos apoiar o que não nos dá confiança?. Isso faz algum sentido pra você? Não. Como clube de massa, a torcida precisa ser convencida. Abel Braga foi vaiado. Tite foi vaiado e chamado de burro. Muricy Ramalho idem. O que estes três fizeram? Primeiro, respeitaram as críticas de quem É e FAZ o clube existir, seus torcedores, porque entendiam o B-A-BÁ, ou seja, eles querem mais e melhor. Depois, arregaçaram as mangas e tentaram aperfeiçoar NO CAMPO E SOMENTE NO CAMPO, visando conquistar o setor da torcida que não estava convencida. Precisa ser um Platão pra sacar isso? Mas vamos continuar.
Outra característica do Chacholista 5° Série é difamar sua própria torcida, mesmo esta sendo a única do Brasil que registra mais de 100 mil sócios há 20 anos, em meio há um rebaixamento e seca de títulos incessantes. O objetivo, claro, é a todo custo defender a sua única e rasa visão de futebol, sem nenhuma capacidade de interação com a multiplicidade de pensamentos divergentes entre os seus "compatrícios', priorizando uma guerra "ideológica" e não argumentativa. Tal postura, lamentavelmente, parece adentrar nos bastidores da direção colorada, que prefere defender as ofensas de seu treinador ao seu próprio torcedor. O grande problema, na visão deles, seria somente a imprensa. Ela estaria em uma campanha "aberta" contra o clube (todos são manipulados, menos eles, os super-humanos com cachecol). Infelizmente, embora isso tenha até alguma parcela de verdade, mascara o que havia comentado logo acima: o torcedor alvirrubro não é imbecil nem muito menos idiota. Ele VÊ o rendimento da equipe, dos jogadores, das respostas do técnico, das opções do elenco e faz uma análise crítica, é e sempre foi assim. O campo manda e joga o torcedor ao lado ou contra. Sem sinais de consistência, equipe confiável, nenhum projeto irá adiante. Assim foi quando a torcida vaiou nas oitavas da Libertadores contra o Nacional, estava na cara que aquele rendimento não seria suficiente pra ganhar o caneco. Portanto, o atalho é simples, se preocupem com o campo, com a equipe, que todos os colorados - como sempre fizeram na história - irão cada vez mais abraçar essa ideia de jogo, de proposta.
Aos que não recordam, Claudio Cabral, antigo comentarista clássico do Rio Grande do Sul, em 2006 vivia batendo no Abelão com apreciações muito mais ácidas e provocativas do que qualquer coisa que se lê atualmente. O ex-treinador ídolo do Clube do Povo, no entanto, precisava ficar mandando indireta? respondendo que nem uma criança mimadinha que faz beicinho? Bastou o campo responder meus amigos. Não é tão difícil de entender assim!!!!!!!!! mas pelo jeito querem inventar uma roda quadrada, tentando convencer na basbaquice e não nas 4 linhas.
A atual gestão montou um plantel excelente, com qualidade e opções que não se via no Colorado talvez desde 2012, entretanto, é preciso muito mais do que comprar bons jogadores, ter um bom técnico, mas ter a perspectiva correta diante de sua própria torcida e da cultura no qual todo este contexto está inserido. Se seguirem nessa batida estúpida, estarão atirando contra o próprio pé. De minha parte? espero estar ENFATICAMENTE ENGANADO e que esse comportamento (que dei os motivos para entender e rotular como incorretos) dê frutos pra ser xingado no final do ano pelos Chacholinianos com um título importante, para minha total alegria e prazer.
Por fim deste desabafo, tu quer defender o projeto do Coudet!? ÓTIMO! excelente meu caro amigo - eu mesmo queria sua manutenção em 2024 - agora não seja um palerma e comece a usar o cérebro em vez da ervilha que subiu pra cabeça!
Por @Celta_Bardo