Há 44 anos, o Internacional vivia um momento histórico ao conquistar o Campeonato Brasileiro de forma invicta. Sob o comando de Ênio Andrade, o time gaúcho alcançou o tricampeonato em uma campanha impecável, com 16 vitórias e sete empates em 23 partidas. Essa conquista permanece única no futebol brasileiro, marcando um feito inigualável que perdura ao longo dos anos.
Além da invencibilidade, o SCI de 1979 ajudou a revolucionar o futebol brasileiro. Enquanto a geração bicampeã atuava num claro 4-3-3, esquema pensado para maximizar as ações de Valdomiro e Lula, respectivos pontas pela direita e esquerda, o Time que Nunca Perdeu variava com enorme facilidade das duas linhas de três para um meio de campo formado por quatro jogadores. O grande coringa da equipe era Mário Sérgio, sucessor de Lula na posição, mas responsável por desempenhar função completamente diferente.
Passado tanto tempo, todavia, o jejum de títulos do Campeonato Brasileiro ultrapassa os quarenta anos, com alguns "assaltos" - como 2005 e 2020 - marcando essa data. Um dos craques do Brasileirão 1979, goleador colorado, Jair, o Príncipe Jajá, deu sua visão de como quebrar essa vergonhosa marca, que naquela década e olhando para trás, parecia impensável:
"São épocas diferentes, mas a essência permanece. Vejo semelhanças nos grupos, com peças de qualidade em todas as posições. Tínhamos uma grande preparação física, bem importante atualmente. E a qualidade do trabalho da comissão técnica, com Ênio Andrade e Gilberto Tim, foi fundamental. Aí estão alguns pontos importantes" disse ao GZH.
Reeleito, o presidente Alessandro Barcellos definiu o Brasileirão como prioridade no Beira-Rio. "Temos que fazer 38 finais", vem repetindo o mandatário sobre o foco da direção no ano que vem.
Para isso, o Colorado avalia como "driblar" o contratempo chamado Copa América 2024. A competição entre seleções, que acontece nos Estados Unidos no meio do ano, ocorrerá em paralelo aos compromissos dos clubes. Os jogadores podem desfalcar a equipe por até nove rodadas.