Andrés D'Alessandro escreveu um emocionado artigo para o site The Players' Tribune sobre sua relação com o Internacional, clube onde se tornou ídolo e somou sua maior passagem na carreira. Aos 40 anos e atualmente defendendo as cores do Nacional, El Cabezon falou sobre as suas melhores lembranças no Beira-Rio se declarando ao Clube do Povo, como no trecho:
"Como no início de 2008 a minha esposa, Érika, estava grávida de alguns meses do nosso segundo filho, Santino, decidimos voltar a Buenos Aires para o bebê nascer rodeado pela família. No San Lorenzo, a passagem por empréstimo foi rápida, mas suficiente para eu chamar a atenção do Inter.
Os colorados abriram muito mais do que as portas do clube para mim.
Cara, em Porto Alegre passei por uma experiência profunda e coletiva de pertencimento e empatia. A sintonia com os colorados aconteceu naturalmente. Foi amor à primeira vista.
O mais importante é que eu senti uma paixão pura e verdadeira em cada um dos 516 jogos em que tive o privilégio de vestir vermelho e branco.
O Inter me proporcionou muito mais do que eu poderia sonhar. Tenho convicção de que nem em duas vidas eu conseguiria retribuir o clube, os funcionários e a torcida.
A minha despedida, no último mês de dezembro, aconteceu no tempo certo e por decisão minha, mas não da maneira que eu idealizei. Do jeito que nós merecíamos.
Do aeroporto lotado na chegada às arquibancadas vazias por causa da pandemia do coronavírus. Das comemorações emocionadas nos 13 títulos às saudades dos nossos encontros inesquecíveis à beira do Guaíba.
A ausência dos últimos abraços e dos últimos beijos foi um golpe duro.
Pelo menos me despedi com a certeza de que deixei um legado para as próximas gerações: o de colocar o símbolo do Internacional acima de tudo.
Cheguei ao clube cheio de sonhos e saí com amor eterno pelo Colorado.
Sentimento que passei, com muito orgulho e carinho, para os meus filhos."
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