Em entrevista ao programa Presença Colorada, no YouTube, o ex-atacante colorado, Leandro Damião, atualmente atuando no futebol japonês, abordou a sua decisão de sair do Flamengo em 2017 - visando ajudar o Inter no difícil momento da Série B - e seu momento inesquecível na grande final frente o Chivas, em 2010. Confira suas lembranças:
“Foi um dia marcante na minha vida e dos mais importantes profissionalmente. Todo mundo da família comemorou junto comigo. Já joguei no Beira-Rio novo, mas o Beira-Rio antigo era sempre uma loucura. Tinha vezes que só tinha 20 mil pessoas e a gente já sentia a pressão no adversário. O campo sempre foi um tapete independente da época. Estar ali dentro era uma sensação maravilhosa. Nem esperava ir pro jogo (...) Eu só contei para o meu pai depois do jogo. No vestiário, eu não sabia. Entrei no jogo e no primeiro lance machuquei sem querer o Tinga com o joelho. Eu não tinha jogado nenhum jogo da Libertadores e machuco um dos maiores ídolos do Inter. Pensei: ‘Tenho que fazer alguma coisa’. E aí surgiu aquela bola, um lance rápido, eu arranquei, cheguei na frente do goleiro, pensei em cavar, mas fechei o olho e bati cruzado. Arrepia até hoje. Quando eu vejo o gol até hoje, arrepia”.
“Eu revezava com o Vizeu quando o Guerrero ia para a Seleção (na época do Flamengo). Mas eu tinha meus jogos, fazia meus gols. Só que estava cômodo ficar lá. Eu sou um cara bom de grupo. Tanto que quando o Jorge Macedo, que era diretor do Inter, vai jantar comigo no Rio, eu já falo que quero ir e pergunto onde assino. Não me importava se era Série B (...) A minha esposa na época ficou assustada, porque diziam que quebravam os carros dos jogadores, as pessoas ameaçavam, que tinha que ter proteção de policial. Mas eu queria dar um salto novamente na minha carreira na época e precisava jogar. Nada melhor do que na minha casa, onde sempre me senti bem”.