Dos 26 integrantes da LFF (Liga Forte Futebol), apenas o Inter, por discussões no seu Conselho, e o ABC, por questões jurídicas, ainda não aprovaram a adesão, o que impediu o ingresso imediato de R$ 44 milhões na conta do SCI. Todavia, com pouco tempo para decidir de uma vez o assunto, a atual gestão concentra esforços para destravar no Conselho Deliberativo o assunto.
Segundo o colunista de GZH, Leonardo Oliveira, nos últimos dias, os movimentos que formam o bloco de situação passaram a trabalhar na estratégia para aprovar a adesão do clube à proposta feita pelo Serengeti Group à Liga Forte Futebol (LFF),
A estratégia definida pela gestão Alessandro Barcellos para buscar a aprovação no Conselho compreende duas etapas. Na primeira, na próxima segunda-feira (19) será feita uma nova apresentação aos conselheiros, com uma atualização dos últimos desdobramentos das movimentações feitas pela LFF e pela Libra. Haverá espaço para debate nessa reunião. No dia 3 de julho, em nova reunião, a pauta será colocada em votação.
O prazo dado aos clubes para assinar o contrato com a Serengeti se encerra no dia 7/7, já ficou definido que haveria um prazo de 150 dias para que todos voltassem com anuência dos seus Conselhos e prontos para assinar o contrato em que vende 20% dos direitos de transmissão pelos próximos 50 anos.
A proposta do Serengeti é de R$ 4,85 bilhões em caso de uma liga com 40 clubes e R$ 2,23 bilhões para o bloco com 26 clubes. O Inter terá direito a R$ 218 milhões, que serão divididos em três parcelas. A primeira, de 50%, será paga depois da assinatura. As outras duas, de 25% cada, serão quitadas em 12 e 18 meses. Ou seja, o próximo presidente contará, no orçamento de 2024, com R$ 109 milhões extras de receita.
Já na Libra, o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, decidiu manter a proposta aos 15 clubes para comprar parte dos direitos do Brasileiro mesmo com a saída do Botafogo, Vasco e Cruzeiro, com uma oferta por 12,5% dos direitos do Brasileiro para a formação de um bloco, contemplando hoje 8 times da Série A. No caso, cada time receberá metade do acordado anteriormente na proposta de R$ 4,750 bilhões por 20% do total. Esse valor chegaria a R$ 1,020 bilhão com os 15 clubes da Libra já que é automaticamente ajustável ao número de times.
Por fim, nenhum dos dois grupos tem acordos definitivos. A situação encaminha-se para uma divisão de blocos, sem liga para organizar o Brasileiro, com a possibilidade de times independentes. Ou seja, seria mais uma negociação fragmentada de direitos de TV. No caso colorado, entranto, "pior" que decidir é ficar em cima do muro...