O Itaú BBA divulgou, nesta terça-feira (28), seu relatório anual sobre as finanças dos clubes brasileiros. Em sua 11ª edição, o banco traz novamente um resumo individualizado para a situação de cada equipe do país.
Em poucas palavras, a situação do Flamengo, por exemplo, é descrita como "sem nem sinal no retrovisor". O Grêmio é outro time elogiado, com "os resultados de uma gestão eficiente". Bem diferente de Corinthians ("desastre à vista") ou São Paulo ("vivendo há 10 mil anos atrás").
O Colorado, por outro lado, precisa se cuidar, visto "que as coisas não evoluem tão rapidamente como deveriam no Beira-Rio".
Veja abaixo o que disse o Itaú BBA sobre as finanças do Inter:
Parece que as coisas não evoluem tão rapidamente como deveriam no Internacional.
A gestão que veio com ares de modernidade evolui em compliance e governança, mas ainda não tem resultados relevantes fora de campo. Pior: não tem nem sinal deles.
Depois de um início de recuperação em 2018 o clube patinou em 2019. Depende da venda de atletas para fechar as contas e da premiação da Copa do Brasil. Ainda assim investiu e aumentou as dívidas. No lugar de seguir adiante o Colorado parou no acostamento. Talvez esperando alguém que indique o caminho correto.
O clube precisa encaixar um modelo mais eficiente de gestão, com controle efetivo de custos e menor dependência de receitas não-recorrentes ou variáveis. Não é mais possível trabalhar um clube de futebol esperando apenas a venda de atletas ou contando com uma conquista para fechar as contas. Aliás, elas chegam normalmente mais rápido que o dinheiro para pagá-las.
Com os desafios inerentes ao ano de 2020, o Internacional terá enormes dificuldades em sair desse círculo viciosa em que se meteu. Será mais um ano que estar parado no acostamento será lucro, pois a tendência é que siga e pegue o caminho contrário. E o retorno é bem distante.
Confira o levantamento dos outros clubes AQUI.