Em matéria da ZH Esportes nesta terça-feira, o ex-atacante colorado Guilherme Parede que atua pelo Talleres de Córdoba na Argentina, deu algumas dicas ao time Colorado de como enfrentar o Boca Juniores. Confira os principais trechos da entrevista do jornalista Leonardo Oliveira da ZH.
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O duelo com o Boca: "Jogamos antes da quarentena e, agora, também sem público. Favorece jogar na Bombonera sem público. Fica menos difícil. O time do Boca é competitivo, todo mundo conhece os argentinos, como são e a forma como atuam. Fizemos um jogo de igual para igual, conseguimos mapear os pontos fracos e fortes deles, com os vídeos do professor Medina, nosso treinador. Fizemos um bom jogo, conseguimos um gol no final. O jogo foi tão competitivo que conseguimos o 1 a 0 apenas no final, nos favoreceu."
A postura deles no Beira-Rio: "Fora de casa, qualquer equipe vai esperar um pouco para ter a reação. O Inter é muito forte no Beira-Rio, tem de propor o jogo. O Boca vai esperar um pouco, para entender o jogo, e depois vai querer propor, tem uma grande equipe, com Tévez, Villa, jogadores muito bons que fazem a diferença."
O time do Boca: "Eles têm dos lados dois jogadores de seleção, o Fabra, na esquerda, lateral da Colômbia, e o Toto Sálvio, que tem sido chamado pela Argentina. São grandes jogadores. O Villa é muito rápido, e o Tévez está fazendo a diferença. Pontos de atenção, portanto, nos lados e no meio, com o Tévez."
A falta do público na Bombonera: "Acho ruim para todos. Não só na Bombonera. Pelo fato de ter esse histórico todo do estádio do Boca, faz diferença, sim, jogar sem público. Agora, jogar lá, mesmo com arquibancada vazia, é algo diferente. O estádio é meio surreal, você começa a olhar para cima, para os lados. Impacta o jogador. É muito bom atuar lá, ainda mais contra uma equipe como o Boca. Conseguir ganhar lá, com ou sem público, é muito relevante."
Como jogar contra o Boca: "Posso garantir: o time que jogar contra o Boca tem de ser intenso como eles e igualar na vontade, na força, isso vai fazer toda a diferença no campo. Mas o Inter tem os gringos, o D'Ale, o Cuesta, o Musto, que vão falar melhor disso internamente. Aqui, na Argentina, todas as equipes são intensas, é algo fora do normal para nós. Isso é algo que poucos clubes brasileiros têm."
Repercussão na Argentina sobre a saída de Coudet: "Me perguntaram se já tinha trabalhado com ele no Inter. Expliquei que saí antes da chegada dele. Fala-se bastante do Inter aqui, a imprensa acompanha muito pelos jogadores argentinos que estão aí. Não me de forma específica da saída dele, mas vi que repercutiu muito. O Coudet fazia um excelente trabalho, chegando em grandes competições. Fez um ótimo trabalho. É um baita treinador, com certeza, está fazendo falta.