Em entrevista neste domingo (27) à Rádio Guaíba, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, transpareceu o desejo de punir os responsáveis pelo atentado contra o ônibus do clube. No entanto, o mandatário rival parece entender que o Inter é um dos responsáveis, mesmo que indiretamente.
“O concreto é que o Grêmio vai buscar as devidas responsabilizações. O Grêmio não vai deixar passar. Se tiver procedência, do ponto de vista jurídico, vamos buscar tudo que significa o restabelecimento de punição aos culpados, de responsabilidade. Não vamos deixar passar em branco, vamos até às últimas consequências (...) O Inter condenou rapidamente as atitudes, foi muito sensível e solidário conosco. Este registro eu faço. Mas isso não muda o regulamento e a responsabilização que possa ser feita. O Grêmio vai buscar isso”, concluiu Romildo.
No mesmo veículo de imprensa, o vice de futebol do Internacional, Emílio Papaléo, falou logo após o mandatário do Humaitá, explicando como não faria sentido alegar responsabilidade de um clube de futebol em uma via pública, de supervisão do estado: "O fato aconteceu num via pública. Qual a diferença desse fato acontecer na Azenha, no Borges, na Oswaldo. O Inter não tem responsabilidade por aquilo que acontece fora da sua jurisdição. Os responsáveis são os que praticaram (...) "Além das nossas punições estatutárias. O que podemos fazer é colaborar com as autoridades".
Por fim, o cartola lamentou o ocorrido, em uma cena das mais lamentáveis da história do maior clássico gaúcho: "Esperamos uma punição exemplar (aos indivíduos). Nessa hora não existe GreNal. Não é por causa de dois ou três criminosos que nós tenhamos que ficar a mercê de uma situação isolada", finalizou.