Após ser criada na terça-feira (28), no Rio de Janeiro, a Liga Forte Futebol do Brasil, nova entidade que visa à união dos clubes participantes em prol de novas discussões para desenvolver o Campeonato Brasileiro além de ampliar o desenvolvimento de receitas para todos os integrantes, alguns tópicos do novo grupo - também composto pelo Internacional - foram revelados na grande mídia.
A Liga já nasce com mais de 62% dos clubes das Séries A e B, mas sem a presença do G4 paulista e o Flamengo, além de outros grandes, como Grêmio, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Bahia, entre outros.
De acordo com o Lance, a princípio, os clubes pretendem negociar em bloco para depois buscar um consenso em sua formação. A ideia é que as negociações da nova associação sejam feitas em bloco e que, no futuro, um consenso entre as duas ligas ocorra para formação de uma liga única.
O estatuto, porém, traz diferenças em relação ao documento apresentado pela Libra. Nele, os 25 integranges decidiram que uma das premissas básicas será o modelo usado pela Premier League, da Inglaterra. O estatuto também ressalta que não haverá divisão de receitas definidas, o que é considerado por alguns membros como "menos engessado".
A maioria desses 25 clubes não aderiram à Libra e alegaram a impossibilidade de modificar os números de rateio estipulados sem que houvesse unanimidade. O principal receio seria a não possibilidade de mudança mais à frente.
A Liga Forte Futebol do Brasil pretende estabelecer as decisões por maioria qualificada, e não somente com unanimidade. Sobre o rateio de receitas de direito de transmissão, a Libra estipulou em 40% de divisão igualitária, 30% proporcionais à performance esportiva, e 30% proporcionais à audiência e engajamento. O grupo dos 25, por sua vez, quer a divisão a divisão em 50-25-25. Além disso, desejam que no estatuto, o clube de maior cota ganhe no máximo 3,5 vezes mais do que o time de menor.
Na sequência, a Liga Forte Futebol do Brasil pretende registrar a criação da nova associação e formalizar os percentuais de rateio das receitas de transmissão que o grupo acredita ser o ideal, para somente depois novamente se aproximar da Libra para tentar um acordo "unificador".
A CBF não acredita que tal mudança para uma Liga única aconteça antes de 2025. A atual cessão de direitos irá até 2024, porém existe a expectativa de os novos acordos sejam negociados já em bloco.