Texto por Colaborador: Redação 14/04/2024 - 13:45

Com gols de Wesley e Fernando, o Inter virou para cima do Bahia, venceu por 2 a 1 e estreou somando três pontos na tabela do Brasileirão. Válido pela primeira rodada nacional, o duelo desta noite de sábado (13/04) foi disputado sob intensa chuva no gramado do Beira-Rio, e será sucedido por duas partidas consecutivas fora de casa. Após o triunfo, confira algumas avaliações da imprensa especializada e cronistas sobre a partida:

LUKA PUMES - GE

Rápida resposta do Inter foi preponderante pra que saíssemos com a esperada vitória do alívio.

Em @geglobo projetamos essa vitória como possível e essencial pra tranquilidade da sequência.

Temos três jogos fora até o retorno pra casa. Como é bom respirar!

E esses jogos são de um grau de complexidade bem elevado.

Temos dificuldade histórica na nova arena do Athletico.

Na do Palmeiras também, mas eles jogam em Barueri... o que não diz nada já que tomamos 3 lá ano passado.

Delfín é obrigação pelas nossas pretensões.

Qualquer resultado diferente de vitória, hoje, seria problema.

Alívio é a palavra. Tô bem contente.

Mas e aí? Qual a projeção pra essa nossa sequência?

Difícil.

MAURICIO SARAIVA - GE

A inegociável vitória que o Inter precisava para começar de fato o segundo ciclo do ano veio com justiça e competitividade. Wesley é o novo titular do Inter. O campo está dizendo.

Wanderson se desescala, a troca é esta. A resposta anímica do time era boa no primeiro e tempo e melhorou no segundo. O Inter avançou sobre o campo do Bahia e se valeu de lambanças protagonizadas por Rogério Ceni no intervalo.

O visitante saiu na frente com Biel, posto em campo para corrigir a saída equivocada de Estupiñán, mas a seguir o Bahia tomou um gol de lateral e a virada num belo cabeceio de Fernando em cruzamento de Bruno Henrique no escanteio.

Não houve luxo ou requinte, não teve golaço, mas gol de lateral e escanteio vale a mesma coisa. Com ânimo e resiliência, o Inter venceu e abriu o Brasileirão respirando fundo.

DIOGO OLIVIER - GZH

Claro que o resultado era essencial, talvez a única maneira de evitar algo pior no Beira-Rio, após a derrota no Gauchão e o mau começo na Sul-Americana. Mas houve algo mais positivo do que o 2 a 1 sobre o Bahia. É que a vitória veio de virada, tomando gol já no segundo tempo.

Notava-se insegurança, nervosismo e, por conta disso, erros técnico. Mas não faltou indignação em momento algum. E você sabe muito bem: sem atitude, pode ter o melhor time ou o melhor elenco que nada funcionará.

A atuação não foi a melhor, até porque a ausência de uma só tacada dos três melhores jogadores — Valencia, Alan Patrick e Aránguiz —, naturalmente rebaixou o nível técnico e coletivo. Mas a sensação passada pelos jogadores foi a de que era preciso ganhar de qualquer maneira, mesmo que fosse usando a bola aérea ou bola parada. Se não dava do jeito preferencial, que fosse pela indignação.

As mudanças de Coudet no intervalo melhoraram muito a equipe, até então pior do que o Bahia. Deu certo. O time ficou mais vertical e agudo.

Outra leitura positiva é de que os dois gols vieram da janela de transferências: Wesley e Fernando. Dois reforços trazidos este ano. Então, mesmo sem seus três melhores jogadores, importantes para o conceito de futebol pretendido, o elenco resolveu. De um jeito ou de outro, resolveu. 

Bem, contra Palmeiras e Athletico-PR, fora de casa, a exigência será muito maior. A crise não está estancada por uma vitória sobre o Bahia, que vinha mal. Nem o passivo de fracassos recentes (...) A vitória sobre o Bahia, na estreia, em casa, era fundamental também pelos próximos dois jogos. A torcida queria ver alma na noite chuvosa deste sábado (13). E viu. Só isso é pouco, mas pode ser um primeiro passo para sair da crise.

TOMAS HAMMES - GE

Não foi uma atuação de luxo, mas o segundo tempo mostrou que o Inter que encantou no início do ano ainda existe. Pressionado, o time saiu atrás, mas mostrou força para vencer a desconfiança da arquibancada e ganhar do Bahia por 2 a 1 no chuvoso sábado. Mérito de Eduardo Coudet, que deixou de lado a convicção para alterar a estratégia em busca dos três pontos. O técnico encontrou uma forma para minimizar a tensão que pairava o Beira-Rio

Quem diria que Chacho, sempre abraçado ao 4-1-3-2, abriria mão. Pois o argentino o fez. Após um primeiro tempo de pouca criatividade, alterou a formação tática para o 4-3-3, com as entradas de Mercado, Bruno Henrique e Wesley nas vagas de Thiago Maia, Bruno Gomes e Lucca, respectivamente.

A audácia do treinador mostra que o Inter tem qualidade para alcançar os objetivos e surpreender os adversários. Wesley incomodou a defesa de Rogério Ceni a cada avanço. Acabou coroado com o gol de empate, após lateral cobrado por Renê, aos 27 minutos da etapa final, três depois de Biel abrir o placar.

As escolhas de Coudet voltariam a surtir efeito 10 minutos depois. Bruno Henrique cobrou o escanteio na cabeça de Fernando, que voltou a ser volante no segundo tempo depois de iniciar a partida como zagueiro, para estufar as redes de Marcos Felipe.

Acertos do técnico, que precisava dar uma resposta às arquibancadas. Coudet foi o mais vaiado entre os colorados no anúncio da escalação. Uma clara resposta à inconformidade que tomou conta pelos quatro empates seguidos, com direito à eliminação na semifinal do Gauchão e o desempenho muito abaixo contra o Real Tomayapo pela Sul-Americana.

Durante a partida, caminhava de um lado a outro, gesticulava e fazia as tradicionais caretas. Conseguiu o resultado positivo para diminuir a pressão da torcida, apesar de o respaldo da direção ter sido inabalado mesmo com os insucessos.

A retomada de Chacho vem também pela colaboração do grupo. Embora momentos de insegurança ao longo da partida, o time não se abateu com o gol visitante. Tanto que a resposta apareceu quase de forma instantânea. Algo que sobressai justamente na fase de turbulência pela qual o time atravessa.

"Vitória do alívio para o Inter", diz Luka | Voz da Torcida

A valentia aparece também quando os três principais nomes do time estão entregues ao departamento médico. Aránguiz apresentou entorse no tornozelo direito, Alan Patrick sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda, enquanto Enner Valencia se recupera de lesão no pé direito.

Tal postura mereceu o carinho da torcida. Após momentos de silêncio, vaias e até protestos, os comandados de Coudet receberam gritos de apoio e aplausos pela busca dos primeiros três pontos no Brasileirão.

Será o início da retomada do Inter? A resposta precisa ser confirmada na quarta-feira, quando o time pega o atual campeão Palmeiras. A partida ocorrerá às 20h na Arena Barueri.

LEONARDO OLIVEIRA - GZH

O Inter conquistou a vitória mais importante do ano. Era fundamental ganhar do Bahia para desanuviar o ambiente e desligar a máquina de tensão que parece guiar comportamentos colorados.

A virada de 2 a 1 trouxe ainda demonstrações de empenho, de entrega e de disposição que reconectaram time e torcida, depois da crise conjugal causada pela eliminação no Gauchão e pelo constrangedor empate com o Tomayapo.

Não foi o Inter que na reta final de 2023 e começo deste ano encantou. Mas foi um Inter que mostrou inconformidade o tempo todo e soube superar, além do Bahia, a pressão que o próprio Inter, em todos os seus contextos, coloca sobre si.

CRISTIANO MUNARI - GZH

A vitória do Inter é justa pela atuação no segundo tempo. O gol do Biel saiu no melhor momento do time. Ficou de positivo a força para reagir. Fernando e Wesley os melhores em campo não apenas pelos gols. Fernando foi bem como zagueiro e volante, Wesley renovou o ataque. 

MARINHO SALDANHA - UOL

A virada do Inter contra o Bahia vai além dos três pontos. É uma conquista de tempo, uma conquista de tranquilidade para ajustar peças e transformar o futuro em algo mais firme.

Concordo com Coudet que muitas críticas a ele são mais fortes do que deveriam. É o que eu sempre digo: Se você não gosta de um conteúdo, não consuma, não dê engajamento, não mande nos seus grupos, não dê holofote.

Enner Valencia terminou o ano passado com 13 gols e 2 assistências (15 participações) em 28 jogos. Mais do que uma a cada 2 partidas. Para fazer o primeiro gol, levou 4 jogos.

Vamos com calma o Borré. É bom jogador, está em adaptação. Quando sair o 1º, o resto vem naturalmente.

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