Reprodução / PFCA paralisante inércia que tomou conta do Internacional revela mais do que problemas técnicos: demonstra uma gestão que perdeu o rumo e a essência do que sempre fez o clube grande
## O Eterno Retorno do Mesmo
Dez dias de Data FIFA. Tempo suficiente para qualquer treinador minimamente competente ajustar táticas, corrigir erros e apresentar algo novo. Roger Machado teve essa oportunidade de ouro e desperdiçou de forma espetacular. O que vimos contra o último adversário foi exatamente a mesma proposta insossa, previsível e ineficaz que se repete rodada após rodada. Nas coletivas, as respostas seguem o roteiro de sempre: evasivas técnicas que não convencem nem aos mais otimistas.
O mais assustador? A certeza matemática de que veremos a mesma escalação, o mesmo esquema tático e os mesmos erros conceituais no GreNal. É como assistir a um filme cujo final já conhecemos, mas que insistimos em rever esperando um milagre que nunca chega.
## O Paradoxo dos Recursos
Existe uma cruel ironia na atual situação colorada. Nos anos 90, quando o Inter disputava com times montados em retalhos, jogando em um Beira-Rio de puro concreto, nunca faltou aquilo que não se compra: alma, garra, a mínima organização coletiva que faz a diferença nos momentos decisivos.
Hoje, com estrutura de primeiro mundo, orçamento milionário e todas as condições que nossos ídolos do passado sonhavam ter, o Internacional se transformou no time mais acomodado da era Barcellos. Paradoxalmente, quanto mais recursos o clube acumula, menos coragem demonstra em campo. Nem mesmo nas gestões mais questionáveis dos últimos anos vimos tamanha passividade diante dos desafios.
A forma como o Inter foi eliminado das duas principais competições de 2025 expôs um time sem identidade e sem propósito. Não houve sequer a ilusão de que poderíamos avançar. Em nenhum momento, em nenhuma das duas copas, chegamos perto de mostrar que merecíamos estar ali. Foi um vexame aprovado pela direção, que manteve exatamente todo o trabalho, passiva frente os fiascos e sem ação ou qualquer intervenção para mudar esse panorama.
## A Arte de Queimar Patrimônios
As decisões de Roger Machado beiram o surrealismo, conseguindo o feito de inutilizar todos os atacantes do elenco. Após desperdiçar os investimentos milionários em Borré e Valencia, o treinador demonstrou sua genialidade tática ao queimar Ricardo Mathias no intervalo de uma partida para colocar Raykkonen. Como se não bastasse, fechou o time com uma linha de cinco defensores, improvisando um lateral-direito na lateral esquerda.
## O GreNal Anunciado
O roteiro da próxima tragédia já está escrito. Enquanto o diretor de futebol ataca publicamente os jogadores na semana do clássico – contribuindo para deteriorar ainda mais o ambiente –, o técnico se prepara para entregar o GreNal de bandeja.
Os dados são cristalinos: o Grêmio do Mano Menezes rende bem fora de casa, tem organização no contra-ataque, como fez recentemente contra Atlético-MG e Flamengo. O Inter de Roger não joga bem em lugar nenhum, não tem variação tática e será facilmente anulado pelo sistema defensivo gremista, já que sempre vaza atrás e não demonstra nenhuma consistência em NENHUM setor.
Com um estádio irritado e uma equipe sem confiança, todos os elementos para o desastre estão alinhados. O mais frustrante é a previsibilidade: os dirigentes manterão o técnico para o clássico, assistirão à derrota constrangedora e só então tomarão a decisão que já deveria ter sido tomada.
É quase cômico ouvir que não se pode demitir o treinador às vésperas do GreNal, como se o atual rendimento indicasse alguma possibilidade de resultado positivo. O próprio Grêmio, com técnico interino, demonstrou mais organização e proposta de jogo do que o Inter com seu comandante definitivo no primeiro turno.
## A Cegueira Conveniente da Direção
Para os "gênios" da atual gestão a culpa pela ausência total de organização coletiva recai exclusivamente sobre os jogadores. Mas com esta análise em mãos, qual foi a resposta dessa direção iluminada na janela de transferências? O vazio absoluto. Nenhuma contratação significativa, nenhum movimento que indicasse entendimento da gravidade da situação.
## Conclusão: O Preço da Mediocridade
O Internacional vive um momento único em sua história: nunca pareceu tão pequeno. A atual gestão transformou um gigante em um time acomodado, sem ambição e sem identidade.
Enquanto não houver uma mudança de mentalidade que comece na direção e chegue ao campo, continuaremos assistindo ao espetáculo melancólico de um clube que tem tudo para ser grande, mas escolhe ser medíocre.
O torcedor colorado merece mais. O Internacional merece mais. E até que isso seja reconhecido por quem tem o poder de mudar, seguiremos neste ciclo interminável de frustração e oportunidades desperdiçadas.
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