Impactado pela forte crise econômica por conta da pandemia de Covid-19, o Inter segue buscando formas de garantir a sustentabilidade do clube para o futuro. Com a recente demissão de 8% do seu quadro de funcionários (mais precisamente 44 pessoas) na última quarta-feira (6), o clube projeta uma economia de até R$ 300 mil na folha salarial mensal, cerca de R$ 2 milhões até dezembro. Sem precisar a faixa salarial, em nota o SCI também ressaltou a manutenção integral dos pagamentos para quem recebe menos. De acordo com o portal de GaúchaZH, não há intenção de novas demissões para os próximos meses, ainda que esse quadro dependerá da retomada do calendário e retorno dos investimentos no esporte.
Funcionários de todas as áreas foram desligados pela contingência nos gastos, com o clube mirando um corte de 30% do orçamento em todos os departamentos. Além dos cortes com funcionários, todos os novos investimentos, contratações de serviços e compras que não estejam estritamente relacionados ao funcionamento do clube foram, até segunda ordem, completamente suspensos.
Ainda assim, cabe uma ressalva feita pela nossa equipe do SCInternacional.net, que talvez muitos torcedores também já tenham feito: com um gasto mensal de R$ 7 milhões (tirando as premiações e os direitos de imagem) somente de salário para o grupo de jogadores, por quê as lideranças do elenco não apareceram e propuseram alguma ajuda realmente significativa? O que é R$ 300 mil mensais perto do salário médio dos jogadores?
O que se sabe até agora - visto que há sigilo por questões contratuais - é que os jogadores se mostraram "conscientes" do momento e abertos às negociações, mas o "espúrio" ajuste com o grupo principal, anunciado em Abril, seria meramente esse: os atletas não receberão os direitos de imagem referente aos meses de maio a julho, ou seja, estes valores foram meramente suspensos... assim o clube ainda fica devendo montantes milionários aos atletas, enquanto demite 8% de seu quadro. O "acerto", portanto, prevê o pagamento no ano que vem, e 2021 já inicia com uma dívida extra de 12 milhões nos cofres do Beira-Rio.
EDITORIAL