O maior público do novo Beira-Rio em GreNal assistiu no clássico 441 tudo que se pode esperar: emoção, tragédia, euforia, decepção e final feliz. Embora toda imprensa especializada desse clara vantagem vermelha entre as peças individuais de Inter e Grêmio, fato é que o primeiro GreNal do ano foi vencido taticamente por Renato Portaluppi, ainda que isso não tenha sido suficiente. Após um primeiro tempo de domínio interista mas sem grandes oportunidades de ataque, o Grêmio voltaria melhor na etapa final e, com mais consistência, faria o 2 a 1. No caminho azul, entretanto, a estrela de Lucas Alário salvaria os mais de 45 mil vermelhos do revés, enquanto uma jogada individual no último lance aumentaria os 79 anos de paternidade vermelha, para chororo e desespero azul no apito final. Com os três pontos Colorado fecha líder com 25 pontos e tem a vantagem de decidir em casa na próxima fase.
Uma etapa inicial onde a estrategia defensiva de Renato se mostrou mais eficiente que o ataque colorado. Mesmo sem praticamente ser ameaçado - com Anthoni sofrendo uma mísera defesa em falha aérea de Vitão - Renê no lado esquerdo era o melhor jogador gremista: além de uma série de erros de passes, marcação estabanda, o camisa 6 entregaria um gol patético contra o próprio arco. Tendo sempre a bola, a esquadra rubra tinha dificuldades em ultrapassar o ferrolho tricolor. Foram apenas três boas chances, uma delas com um "petardo" de Maurício para buscar o empate, enquanto Alan Patrick chutaria para fora minuto depois em boa oportunidade. No geral um empate justo, com 5 disparos vermelhos e 1 azul.
Na volta dos vestiários, um Inter com muitos erros frustrava o torcedor. Vendo a equipe do Humaitá empatar antes dos 55', o SCI era sofrível em ambos os lados: no ataque pouco produzia, no meio de campo era um buraco e atrás, presa fácil aos rápidos alas tricolores. Mesmo nesse cenário duríssimo, Lucas Alário "salvaria" os alvirrubros da derrota em bela finalização, enquanto a equipe do Humaitá era mais perigosa e o Colorado, aos trancos e barrancos, criou algumas chances em lances esporádicos com Wesley, Alan Patrick. Na reta final, quando o empate parecia sacramentado e Vitão e Renê "armavam" seguidamente as jogadas, Alanpa - que era bem marcado e vinha apagado - venceu a marcação de Kanemman até ser agarrado dentro da área, em pênalti nítido e claro. Ele mesmo marcou e garantiu um triunfo fundamental para as pretensões no Gauchâo: liderança na fase eliminatória e gols de 600 e 601 do SCI no maior clássico brasileiro. Quem disse que GreNal se joga? não, se VENCE!
Agora o Saci recebe estreia na Copa do Brasil frente o Asa, no Nordeste, na quarta-feira, às 20h.
LANCES DO JOGO
DESTAQUE POSITIVO: MAURÍCIO
FICOU DEVENDO: RENÊ
FICHA TÉCNICA & CURIOSIDADES