Os jornais argentinos avaliaram a classificação do Boca sobre o Inter como "puro sofrimento". Somando apenas a terceira derrota em casa para brasileiros em duelos de mata-mata (a outra foi para o Santos de Pelé e Paysandu de Iarley), o Xeneize venceu todas as cinco disputas de pênaltis que jogou contra times brasileiros. A última foi nesta quarta-feira contra o time comandado por Abel Braga.
Mesmo superando 17 das 20 vezes em que duelou contra equipes do país em eliminatórias, a classificação desta quarta-feira, em La Bombonera, não foi vista com bons olhos.
O Olé destacou que o "Boca sofreu: às quartas de final nos pênaltis", dando conta que por pouco não foi uma noite de pesadelo.
"Pode ter sido um pesadelo. Foi um alívio. O Boca precisou dos pênaltis para eliminar o Inter. Passou mal, sofreu, sentiu-se impotente como nunca, padeceu com o 1-0 que recebeu no início da segunda parte. Mas se classificou. E, por enquanto, é o que conta. A boa notícia não é apenas a passagem para as quartas de final, mas ele conseguir apesar de mostrar a pior face (atuação) do ciclo de Russo, apesar de uma noite esquecível, apesar do que jogou, em última instância, para ficar de fora. A Copa deu-lhe uma segunda chance".
"Os primeiros 45 minutos foram, de longe, os piores que se viram em 2020. A equipa nunca foi assim, tão dominada, tão estática, por vezes tão indefesa. O Inter não só tinha a bola, mas também o controle mental do jogo. Sufocou o time local, transbordou-o pela direita e principalmente pela esquerda, não o deixou jogar, não o deixou contra-atacar, não o deixou reagir. Além disso, ele o avisou que iria machucá-lo. Thiago Galhardo, só ele, acertou um chute na trave. E Andrada tirou Praxedes e até o de M. Guilherme".
Já o TYC Sports entitulou "O Boca sofreu, venceu o Inter nos pênaltis e chegou às quartas de final", enquanto o Clarín avaliou a classificação argentina: "O Boca sofreu muito, comemorou nos pênaltis e chegou às quartas de final"
"Boca jogou mal, perdeu para o Inter nos noventa minutos, foi uma partida muito incômoda para o Boca. Porque quase sempre a bola estava nas mãos do Inter. E se a ideia de Miguel Angel Russo era ferir no contra-ataque, também não resultou porque tinha muitas dificuldades na recuperação."
Matéria: SCInternacional.net