Texto por Colaborador: Redação 28/02/2020 - 00:25

Confira um pequeno compilado sobre algumas opiniões da imprensa na sequência da vitória colorada por 1 a 0 no Beira-Rio, frente o Tolima, que garantiu o Clube do Povo na fase de Grupos do principal torneio sul-americano, na última quarta-feira (11/2), para mais de 35 mil torcedores.

GABRIEL CORRÊA - BAND-RS

Algo me chamou atenção deste segundo tempo de Inter x Tolima: assim como no GreNal, a equipe de Coudet não deixava de pressionar o adversário como se estivesse com 11 em campo - exceção, talvez, dos últimos minutos. Parece que a ideia está entrando na cabeça dos jogadores.

Um detalhe sobre a entrada de Marcos Guilherme por Lindoso: Coudet não enxerga D’Alessandro fazendo a função do camisa 19, não por acaso colocou Edenilson pela primeira naquela posição. Marcos Guilherme joga como o meia direita do 4-1-3-2 e o argentino segue como “atacante”.

A função centralizada do 4-1-3-2 de Coudet exige - além de dinâmica para dar prosseguimento as jogadas - intensidade para dar o combate no meio e, sem a bola, estar ao lado de Musto. Por isso, no atual elenco do Inter, apenas Lindoso, Nonato e, agora, Edenilson jogaram ali.

- Dudamel (50 dias) demitido; Tiago Nunes (52) e Jesualdo (50) pressionados; Coudet (50) “salvo” pela classificação na Libertadores. O que eles tem em comum? Todos com menos de dois meses em seus clubes. No fim, a frase é sempre a mesma. Planejamento é quando ganha. Não significa que seja proibido demitir treinador em início de trabalho. É claro que, algumas poucas vezes, é possível perceber que não há nenhum tipo de evolução. Agora, pegando o exemplo dos quatro citados, todos estão tendo uma ruptura de modelo em seus times.

RAFAEL DIVERIO - GAÚCHAZH

Vitória do Inter passou pela atuação superior de Guerrero. Não só pelo gol, mas por ter segurado a bola, ganhado quase todas as disputas, controlado as ações ofensivas e dedicado até os acréscimos.

Cuesta, Fuchs, Edenilson e Lomba também foram importantes. Além de D'Alessandro. Um adendo: Musto também foi bem. Mais ainda quando o Inter ficou com um a menos.

Abaixo, mesmo, só Rodinei. Claro, há de se fazer descontos pelo adversário, mas era o que o campeonato ofereceu. Precisa melhorar, sem dúvida, mas ao menos tem mais "fôlego" pra isso.

VINÍCIUS FERNANDES - FOOTURE

Guerrero foi monstruos. Principalmente depois que o Quiñones “largou” um pouco ele depois de receber amarelo. Aí ele reinou.

Musto, justamente criticado depois do Gre-Nal, fez um partidaço. Ele é fundamental para coordenar as ações de pressão. Coordenar os movimentos de linha de impedimento. É o representante do modelo do técnico em campo. Por isso este é o terceiro time que o Coudet leva ele.

A inabilidade do Rodinei em desarmar é quase tão preocupante quanto a que ele tem pra se posicionar defensivamente. Quase sempre faz falta por chegar atrasado ou simplesmente NÃO SABER como chegar.

Importante a progressão do Marcos Guilherme pra combinar a jogada com o D’Alessandro. Time que se propõe atacar em transição, precisa de mais jogadores agudos. Foi o que faltou ao Inter até a entrada do Marcos Guilherme.

LELÊ - DIÁRIO GAÚCHO

Jogando com a pressão do favoritismo — e o risco de "encerrar" o primeiro semestre antes de março começar — o Inter enfrentou um verdadeiro paredão montado pelo Tolima em frente à área, com destaque para o zagueiro central Quiñones, com 1,95m, que não teve nenhuma vergonha de fazer faltas. Com a complacência do árbitro, ficou mais fácil ainda.

Fora a cera técnica desde o primeiro minuto de jogo. Num determinado momento, marquei 14 segundos para uma reposição de bola do goleiro. A regra diz que só podem seis. As tentativas por cima, obviamente, esbarravam na alta zaga colombiana.

Mas uma mudança feita aos 40 do primeiro tempo mudou tudo. Marcos Guilherme entrou no lugar de Lindoso. Assim, Edenilson foi para o lugar em que ele mais rende. E foi Marcos Guilherme que deu inicio a uma jogada que, somada com a genialidade de D’Alessandro, deixou Guerrero praticamente dentro do gol. O gol que Guerrero tanto precisava.

No segundo tempo, tudo se encaminhava para uma classificação tranquila, quando D’Alessandro — em lance bem discutível, pois o adversário deu um carrinho nele — recebeu o segundo amarelo e, mais uma vez, o Inter ficou com 10. Que sina.

Foram minutos de muita apreensão, mas é bem verdade que somente nos descontos os colombianos tiveram uma grande chance, que Lomba defendeu. O que importa é que nos classificamos. E que Coudet agora tem tempo, e motivos bem claros, para mudar o que vimos até aqui. Se temos a vaga, também temos a certeza do que precisa mudar.

ANDRE RIZEK - SPORTV

Não precisa ser muito esperto para constatar que Coudet errou ao encher o Inter de volantes - as alterações que fez ainda no 1o tempo contra LAU e Tolima mostram isso. O principal, no mata-mata, é que passou - e vai ter tempo de montar um Inter com mais futebol a partir de agora.

MARINHO SALDANHA - UOL

Torcida do Inter se mostrou impaciente com a troca de passes entre zaga e volantes do time. Mas acostumem-se, a equipe, no modelo atual, prefere não arriscar a posse a tentar algo mais incisivo e perder a jogada. Fica com a bola e procura o caminho. Se não acha, volta.

O que fez o Tolima para tirar a saída do Inter? Adiantou seus centrais para perto de Lindoso, deixando ele num triangulo, entre o atacante e dois centrais. Desta forma o Inter não tem segurança de sair com ele, e acaba abusando do lançamento,

Edenilson como "central-móvel" escapou do triângulo que prendia Lindoso. Marcos Guilherme deu "vida" ao lado direito com velocidade de conclusão, o que faz Boschilia no lado oposto. O Inter mudou, e ainda no 1º tempo, marcou.

Lomba lembrou a característica do Tolima quando foi comentar a defesa que fez no fim do jogo. É VITAL, todos os jogadores entenderem como ataca e como defende o rival. Ciente do "ataque ao espaço" do oponente, ele saiu antes, e pegou.

MAURÍCIO SARAIVA - GE

Nada é mais importante do que o resultado alcançado e a missão cumprida. O Inter está na fase de grupos e agora vai enfrentar adversários mais fortes do que La U e Tolima. Para ter chance de classificação em uma das vagas do grupo, o Inter precisará ter correções urgentes no seu time, especialmente no meio.

Quando Lindoso errou um passe de construção de contragolpe, Coudet chamou Marcos Guilherme e tirou o volante. Parecia um passe de mágica, era só uma óbvia correção de uma escolha reiteradamente equivocada do treinador. O Inter fez gol e começou o segundo tempo equilibrado e controlando o jogo. A expulsão de D’Alessandro trouxe ao jogo um risco que não haveria não fosse o episódio.

Agora, cabe ao técnico parar de brigar com o que o campo lhe mostra a cada partida. A partir desta providência, a chance de ir às oitavas-de-final aumenta. Vai se saber a partir da terça-feira que vem no Beira-Rio contra a Universidade Católica.

JUCA KFOURI - UOL

Quando tem de ser, tem de ser.

O Inter mandou em metade do primeiro tempo a ponto de trocar Lindoso, sem função, para Marcos Guilherme jogar.

Por duas vezes, porém, na segunda metade, Lomba teve de intervir para evitar a catástrofe.

Foi um sofrimento manter a vantagem, houve pelo menos duas chances claras para ampliar, mas o que vale é vai ter Gre-Nal na Libertadores. 

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