Ricardo Duarte / InterCom uma série de desfalques, o Inter de Mano Menezes enfrentou neste fim de semana o excelente time do Athletico-PR (invicto em seus domínios numa série de 11 jogos), trazendo para o Beira-Rio um ponto muito mais importante pelo seu significado do que necessariamente pelo ponto de vista de tabela.
Após a rodada no sábado resolvi fazer algo que há muito não fazia: assistir um programa esportivo a nível nacional. Antes de me arrepender, liguei na ESPN Brasil (que não sei porquê não se chama Espn Eixo SP-Flamengo) onde estava sendo relatado pelos especialistas que "o pobre coitado do Vítor Pereira (técnico do Corinthians) sofreu uma acachapante derrota por 3 a 1 para o Ceará e tem tido atuações risíveis, o motivo (na perspectiva deles) seria somente pelos inúmeros desfalques importantes no Timão". Dias antes, o SCI de Mano, com formação quase totalmente reserva, havia trazido um ponto do Castelão.
Vislumbro que os amigos que me acompanham já devem ter percebido que, em 99% das análises que faço, em praticamente nenhuma cito jogadores. Tenho por conceito claro avaliar preliminarmente os fatores partilhados na contramão dos indícios individuais em um esporte coletivo. Ainda no início do ano, sob o comando de Medina, em debates com meus irmãos colorados, alguns defendiam que o problema era o jogador X, Y, Z. Sob minha ótica, era justamente o contrário: sem liderança forte e um trabalho consistente a nível geral, discutir se Dourado ou Cuesta são problemas que explicam todo o fracasso é um passo em falso, uma falácia que resulta em uma simples solução aparente. Nesse aspecto, penso que após todos estes meses as habilidades e os méritos de "Brother Menezes" sustentam esse ponto de vista. De um time com problemas defensivos endêmicos e um ataque pífio, saímos do saldo negativo do Gauchão para um ataque que funciona, independente das peças ou por mais destroçado que estejamos quanto ao número de baixas.
O Inter de 2006 não tinha um elenco de craques ou jogadores milionários (estes por sinal estavam no Corinthians e no SP), em sua maioria eram de jogadores bons para medianos. A força coletiva fazia um nota 5 jogar como um 7, fazia do medíocre uma boa opção e do bom uma peça diferenciada. Sempre trago o Liverpool, no exterior, como exemplo para explicar o conceito. Mesmo tendo orçamento inferior a muitos rivais do continente, é um clube que moldou na força coletiva sua base de sustentação. Só depois de consumado este primeiro passo é que se passou a discutir a insuficiência de determinadas peças individuais podendo, assim, dar a marcha adiante, tendo em vista que os jogadores já estavam em um sistema onde podiam se sustentar e render.
Após meses sem essa base com MAR, Aguirre ou Medina, Mano, por outro lado, tem recolocado o Clube do Povo nos trilhos, fazendo com que um time praticamente reserva - que terminou em Curitiba com 3 titulares traduzidos em Daniel, Gabriel e Vitão - e bastante mediano tecnicamente pudesse fazer o que nem equipes mais caras alcançaram com orçamentos imensamente maiores.
Na sequência do papelão em Santiago (2x0 para o Colo Colo) havia feito uma coluna em que destilava frustração aos leitores, quase como que objetivando alcançar uma "catarse" ou "sublimação" se fôssemos pelos moldes da psicanálise. Escrevendo ou lendo, as emoções poderiam sair de nossa mente, desobstruindo nossa psique para enxergar o horizonte. Embora aquele desabafo tenha captado uma situação e um dado contexto, felizmente, hoje, tudo parece ter mudado em alguns poucos dias. É uma narrativa que não serve mais.
Em vista disso, a conjuntura neste meio de Julho parece trazer elementos de que devemos confiar no que está sendo construído. Sempre repito a frase de "Alex Ferguson" de que bons treinadores para grandes clubes precisam ter, antes de tudo, personalidade. Hoje o Internacional de Mano Menezes possui uma "faceta" que não se via há um bom tempo. Não sabemos onde estaremos em dezembro, mas isso não excui a certeza de que estamos em boas mãos, aliás, os indícios para essa apreciação parecem bastante claros. O Colorado saiu de uma massa amorfa transitando para um caráter coletivo em diverss esferas. O primeiro passo foi dado, ainda que um centroavante se mostre como bastante necessário para potencializar os objetivos neste segundo semestre. Ué, comecei falando que raramente exponho situações individuais e sem mais nem menos cito uma situação pontual, como da falta do n° 9? É que agora temos treinador e trabalho...
Mas ai já é assunto para a próxima coluna :)
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