Ricardo Duarte / InternacionalApós três treinadores com qualidade duvidosa a direção colorada finalmente decidiu simplificar e fazer, de maneira acertada, o caminho inverso em todos os sentidos.
Com vasto currículo, experiência, conhecimento local e personalidade forte o novo comandante vermelho traz elementos chaves para uma correção de rumo que se mostrava urgente e até tardou demais para suceder, ameaçando e pressionando justamente o início do novo técnico gaúcho. Com a vaga na Sul-Americana já comprometida - somente pela falta de leitura em relação ao nítido péssimo trabalho de Medina - o SCI agora tentará se reconstruir após a falência total da equipe, recorrente desde o início de 2021.
Com um novo condutor técnico que apresenta (teoricamente) habilidades suficientes para elevar o nível coletivo da equipe, Mano buscará formar alicerces em premissas básicas e que não se avizinhavam em nenhum momento da temporada: consistência e competitividade dando lugar ao inócuo e superficial "propositivo". Mudam as palavras e os objetivos no primeiro passo para a instituição voltar aos trilhos passando, justamente, pelo ajuste dos conceitos.
A chegada do profissional de 59 anos oriundo de Passo do Sobrado rompe imediatamente com uma estrutura assustadoramente fracassada, abrindo o leque para que o Clube do Povo possa novamente ser capaz de fazer o básico dentro das 4 linhas. Com compreensão do nosso calendário, das exigências da torcida, dos jogadores - e dos adversários - Mano precisará se esforçar muito para piorar o que estava horroroso. Com um plantel de nível médio para bom nacionalmente a esquadra colorada, por outro lado, vinha sendo superada por rivais semi-amadores nestes meses incipientes de 2022, abrindo um caminho temeroso para o clube no restante do ano de um ambiente autodestrutivo (refletido em um quadro geral de desassociações e desmobilização), acusações individuais ao time durante os jogos e nenhum sentimento minimamente promissor de futuro.
Nesse trajeto, no entanto, não há sinais de navegação em um mar de rosas: com pouco tempo de treinamento e muitos jogos decisivos e duros, Mano assume um clube sem nenhuma estrutura tática, precisando não somente recomeçar do zero, mas tirar a equipe dos escombros pela falta de confiança.
Assim, pragmaticamente, a meta do novo comandante será de levar o Colorado para perto do G6, conseguindo escapar do Z4 sem sustos e criando uma espinha dorsal para 2023, no que poderia se considerar um ano extremamente salutar. A nível pessoal, o novo chefe da casamata do Beira-Rio, tri-campeão da Copa do Brasil, enfrenta o desafio de um Brasileirão mais exigente em todos os aspectos, com um sarrafo mais elevado e diferente dos seus melhores anos, quando era ele quem detinha os melhores elencos e um panorama de treinadores pouco diversificado.
Com uma entrevista coletiva muito positiva em praticamente todos os momentos - ao contrário das lamentáveis e irreais falas do ex-treinador uruguaio - Mano Menezes ofereceu indícios de possuir uma leitura muito rica e próxima das necessidades do clube, ciente do que precisará fazer e como chegamos até este buraco.
Mano, nesse sentido, chega com 4 meses de atraso mas representa, felizmente, o fim do pensamento dogmático da direção e sendo, diferentemente de Diego Aguirre, um treinador com currículo e de bons trabalhos com início, meio e fim (Aguirre pegou inúmeros elencos bons com trabalhos medíocres e datados em toda sua trajetória).
Por fim, embora desta vez não tenhamos "o técnico dos sonhos" ou que nos faça vislumbrar um "futebol vistoso" teremos, ao menos, um treinador capaz de nos tirar de um pesadelo, oferecendo um salto pequeno mas palpável de cada vez.
O Inter possivelmente será mais do que foi, mesmo que para isso não precise fazer muito. Uma luz no fim do túnel apareceu... vamos em direção a ela?
Por Alan Rother
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