O site da GloboEsporte.com trouxe neste domingo uma entrevista com Maurício, autor do passe ao gol da virada do Inter no famoso Gre-Nal do século. O ex-joador lembrou dos bastidores da vitória por 2 a 1 no Beira-Rio pelo Brasileiro de 88 e contou alguns momentos da grande virada Colorada sobre o rival. Confira os principais trechos.
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O Gre-Nal: "O Gre-Nal é único sempre. Antes daquele jogo então veio o Carnaval e fomos liberados. Teríamos tempo de treinar. O Nilson e eu fomos a Tramandaí para a festa. Fomos para o Gre-Nal porque não esperávamos uma antecipação de data, mas ocorreu. O Abel nos chamou e pediu para que voltássemos a treinar. Nos preparamos um dia só".
Relação com Trasante: "Essas brincadeiras existiam. Começou o jogo e devolvi. Disse para ele "aqui quem manda sou eu". Eu mantive minha palavra e ganhamos o jogo. Depois nos abraçamos. Íamos muito uma casa noturna. Não tinha esta rivalidade fora de campo. Ele queria vencer, eu também. Fora existia muita integração".
Bronca do Abel no intervalo: "O Abel desceu, deu dois socos na parede, dois no armário, quebrou uma cadeira e mandou darmos um jeito. Depois foi para a sala dele. Voltou e mandou arrumarmos o que tínhamos feito no primeiro tempo".
"Nos reunimos e falamos. Está 1 a 0 para os caras. Precisaremos correr mais. Vamos ganhar este jogo? Aí o Nilson disse "vamos para dentro". Nos conscientizamos, aquilo nos deu força. O Casemiro pediu desculpas e chorou. Isso nos comoveu".
"Entramos com mais forca e superamos. Primeiro no cruzamento do Edu para empatar. Depois faço uma grande jogada pela direita, driblo dois e bato em diagonal para o Nilson completar. A torcida gritava nossos nomes, um momento muito bacana. Eles se abateram. Aquele dia era nosso".