Dorival Júnior está prestes a se tornar o novo técnico da seleção brasileira, após comunicar sua decisão à diretoria do São Paulo neste domingo. O convite partiu do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e o anúncio oficial está programado para ocorrer até quarta-feira.
Apesar das incertezas devido às questões políticas na entidade, o ex-treinador colorado aceitou a oportunidade para liderar o Brasil no ciclo da próxima Copa do Mundo.
A aproximação entre Dorival Júnior e a CBF ganhou força quando Ednaldo Rodrigues reassumiu a presidência da confederação na última quinta-feira. O presidente entrou em contato com Julio Casares, líder do São Paulo, manifestando o interesse em contratar o técnico.
O treinador recebeu garantias de apoio em eventuais novas eleições na CBF, contando com o respaldo de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol e favorito para suceder Ednaldo Rodrigues. As conversas com o presidente da CBF proporcionaram confiança a Dorival Júnior, que, enquanto isso, já comandou treinos no CT da Barra Funda em 2024, possivelmente os últimos pelo São Paulo.
Lembrando que Ednaldo Rodrigues reassumiu a presidência da CBF após decisão do Supremo Tribunal Federal, revertendo sua destituição ocorrida em 7 de dezembro pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Essa reviravolta causou dias tumultuados nos bastidores da entidade, com cogitações de uma possível nova eleição para definir o sucessor de Ednaldo.
Entre os dias 8 e 10 de janeiro, uma comitiva da Fifa está agendada para se reunir na sede da CBF com o agora ex-interventor José Perdiz e Ednaldo Rodrigues, que retornou ao poder na confederação.
Os regulamentos da Fifa e os da afiliada Conmebol não permitem intervenções estatais em associações nacionais de futebol, como a CBF. Esse foi justamente um dos pontos citados por Gilmar Mendes em sua liminar. O ministro apontou que o Brasil precisava fazer sua inscrição no torneio pré-olímpico de futebol até sexta (5), o que seria complicado com um presidente afastado.
Dorival Jr dirigiu o Internacional entre 2011 e 2012, e mesmo ficando com os títulos da Recopa e do Campeonato Gaúcho, foi demitido alguns meses depois. Ao todo, ele comandou o time em 63 partidas, com 33 vitórias, 12 derrotas e 18 empates, um aproveitamento de 61,9%.