Alessandro Barcellos foi reeleito presidente do Inter neste sábado. O candidato da Chapa 01 (Em Frente! Pelo Inter, pela torcida) venceu Roberto Melo, da Chapa 02 (Gigante de Novo) no segundo turno das eleições coloradas para o Conselho de Gestão e ocupará o cargo máximo pelo próximo triênio - 2024/2026. A eleição teve novo recorde de participantes com 29.796 votos. Após o resultado, alguns setores da crônica especializada avaliaram o resultado. Confira algumas opiniões (de maneira resumida mas abrangendo o conceito do texto em geral):
NANDO GROSS (YOUTUBE)
"Eu não me manifestei nunca sobre os candidatos nem comentei porque acho que não me cabe, mas acho que a escolha do sócio nesse momento foi a mais correta. Eu vejo o Barcellos muito mais maduro, parece que AGORA ele parece pronto para começar um bom trabalho no aspecto do futebol, porque na área administrativa, houve avanços e isso foi colocado em várias entrevistas que ele concedeu, dois anos seguidos de superávits. Há um equilíbrio fiscal e na gestão, bom mas não ganhou, que é o que interessa? é verdade, errou demais no futebol, e me parece que nesse retorno do Coudet, que é o primeiro acerto de treinador - apesar do Mano ter feito um bom trabalho ano passado - ele não era o treinador dos sonhos do Barcellos, pelo que ele gosta de futebol e completamente do que ele falava na eleição passada. O Coudet dá uma resposta espetacular na Libertadores e mesmo saindo e sem conseguir a vaga no Brasileiro, ele consegue ganhar o GreNal, do Vasco, goleada no Santos, e ai depois acontece aquela tragédia (América e Coxa). Houve um momento que o time se perdeu mas depois o Inter reagiu e terminou em alta, com o time montado. Não é aquela coisa do ano passado, aquela ilusão: não tá muito claro, tem um time montado mas com limitações. Tanto é que quando ia fazer as trocas o time caia de produção. O Inter tem jogadores de alta qualidade - Maurício, Valencia, Alan Patrick, Wanderson - mas tem que trazer mais alternativas de ataque, flancos, de lados, o Inter precisa de um lateral-esquerdo, apesar do Renê. Gosto da zaga, o Johnny tá saindo.
Acho que o sócio do Inter quando colocou o Píffero ele errou, porque a casa estava sendo arrumada e não era para recomeçar tudo de novo, e o Inter acabou sendo rebaixado, fora os escândalos. Então essa história não teve, nenhum dos dois tinha títulos para jogar na cara do outro, foi um debate de ideias, e nas ideias - pelo que ouvi - o Barcellos me pareceu mais pronto, mais maduro, até porque está há 3 anos lá. Acho que ele esteja no seu maior momento de amadurecimento e seria um desperdício mandar ele embora agora. Acho que a torcida acertou e tomara que dê certo, vamos torcer assim, para que o SCI se ajuste e volte a ganhar. Na campanha o Barcellos se mostrou mais qualificado para ficar à frente do Internacional."
LEONARDO OLIVEIRA (GZH)
A reeleição de Alessandro Barcellos, embora ajustada, sinaliza que o Internacional está desvinculando-se dos anos dourados de 2006 e 2010, as maiores temporadas do clube. Esses anos gloriosos são lembrados como capítulos de ouro na história de 114 anos do clube. No entanto, o resultado eleitoral indica a decisão do associado de olhar para o futuro e seguir um caminho diferente, rompendo com a ligação nostálgica ao passado vitorioso.
Mesmo com uma margem de pouco mais de 2,4 mil votos, a escolha dos associados reflete a vontade de buscar novos horizontes e deixar para trás o que já foi bem-sucedido no passado. A derrota dos emblemas representados por Roberto Melo, Abel Braga e D'Alessandro, ídolos que estiveram no auge em 2006 e 2010, demonstra que a preferência dos colorados está voltada para projetos e modelos de gestão mais do que para votos passionais ou promessas.
Um fator relevante é a chegada ao colégio eleitoral de uma nova geração de sócios que eram crianças nas épocas gloriosas do clube. Esses jovens, atualmente na faixa dos 20, 23 anos, conhecem e se orgulham dos títulos, mas não têm a mesma vivência daqueles que eram jovens ou adultos naqueles anos. Portanto, o apelo dos ídolos como Abel e D'Ale é menos impactante para essa geração.
Alessandro Barcellos enfrentará agora o desafio de consolidar os avanços realizados nos primeiros três anos de gestão e garantir que se reflitam em resultados no campo. O encerramento do último ano de gestão ocorreu com uma equipe renovada, repleta de jogadores importantes e com um técnico identificado com uma abordagem ofensiva. O trabalho agora consiste em aprimorar essa equipe, o que também influenciou na decisão dos votantes.
DIOGO OLIVIER (GZH)
Primeiramente, é injusto considerar a diferença como pequena. Os 45% de Roberto Melo indicam que Alessandro Barcellos está longe de ser uma unanimidade no Internacional, com seus 53% sobre cerca de 29 mil eleitores. Contudo, o feito de conseguir a reeleição após três anos de gestão sem títulos é significativo e merece reflexão.
No Brasil, o resultado é crucial. Barcellos conseguiu transmitir ao sócio do Internacional que, apesar da falta de títulos, a base foi estabelecida e os frutos virão com o tempo, durante os próximos três anos de mandato. A campanha do Inter destaca que Barcellos se comunicou de maneira mais eficaz, seja pessoalmente, com excelente oratória e entusiasmo ao defender suas ideias, ou através de sua equipe, durante a busca por votos.
A incapacidade da oposição de incorporar a palavra-chave de qualquer eleição quando a vitória é necessária - mudança - também contribuiu para o triunfo do presidente reeleito. A presença de figuras como Fernando Carvalho, Giovanni Luigi, Abel Braga e D'Alessandro ao lado de Roberto Melo, todos campeões e ídolos, torna a vitória de Barcellos ainda mais significativa do que a estreita diferença de votos sugere.
O movimento político Povo do Clube, composto por colorados mais jovens, foi outro fator que beneficiou Barcellos em sua reeleição. Concorrendo sozinho para o Conselho, a chamada chapa pura, elegeu 44 conselheiros, apenas quatro a menos que a chapa de oposição e nove a mais do que a própria chapa de Barcellos. A próxima eleição pode testemunhar o Povo do Clube lançando seu próprio candidato à presidência.
A principal tarefa de Barcellos agora é a pacificação política. O Internacional, historicamente, prosperou quando apoiado por uma hegemonia política sólida e difundida. O discurso de Barcellos após a reeleição vai nessa direção, o que é muito positivo. Quando a poeira baixar e as dores da derrota se acalmarem, a busca pela pacificação política deve ser priorizada. Quanto mais envolvimento próximo ao clube, melhor. No final das contas, todos são colorados, e o episódio eleitoral precisa ser superado.
CCD (GZH)
Na tarde deste sábado (9), Alessandro Barcelos foi reeleito presidente do Internacional para o próximo triênio, em uma votação acirrada que reflete uma nova perspectiva dos sócios em eleições de clubes de futebol. A vitória de Barcelos é notável, considerando a ausência de conquistas significativas no departamento de futebol durante sua gestão.
A campanha de seu opositor envolvia figuras importantes do campo e do passado político do clube, mas Barcelos conseguiu manter sua presidência, destacando a força das construções políticas e do engajamento dos grupos políticos em uma eleição que contou com a participação de quase 30 mil pessoas.
A diferença entre as bolhas das redes sociais também é intrigante, revelando que esses espaços são distintos e devem ser considerados com cautela em contextos tão diversos. O algoritmo das redes sociais direciona as pessoas para ambientes que convergem, criando distorções e obscurecendo a verdade.
A eleição destaca a nova dinâmica da política nos clubes de futebol no país, onde as informações estão mais acessíveis, e o campo de jogo se tornou apenas um dos pontos determinantes nas eleições. Além disso, nos clubes grandes, os sócios estão presentes em todas as faixas etárias e classes sociais, tornando as eleições ainda mais complexas do que as municipais.
BIBIANO BOLSON
Já disse que não me sentia 100% representada pelo pleito do Inter. Mas por outro lado, ainda acredito na possibilidade dessa atual gestão colorada, então, desejo de verdade que vejamos uma transformação no Inter daqui para frente @BarcellosSCI, porque sem dúvidas, iremos cobrar!
E fico sim, fico satisfeita que falsas promessas e mais do mesmo não tenham retomado em formato de cavalo de Tróia. Até pq a narrativa era muito limitada - não tem bobo no futebol, amigos.
LUCASARRUDA (GAUCHA)
A reeleição de Alessandro Barcellos me parece o mais correto pro Inter. Há um projeto em curso.
Com muitos erros, mas bons acertos, fechou o 1º triênio com time estruturado, técnico qualificado e a tentativa de reduzir dívidas do clube. Agora, precisa vir o resultado de campo.
AOD CUNHA
Parabéns, @BarcellosSCI!
Parabéns ao Inter, que fez a maior eleição da história de um Clube no Brasil.
Agora é hora de união do Clube. Não deve haver mais derrotados ou vencedores.
Peço e tenho certeza que essa será a primeira missão do presidente eleito:
Unir o Clube!
Agora volto para o único papel que quero ter: ser torcedor e ajudar qualquer direção com sugestões e cobranças sobre o que é prometido numa eleição.
Quero títulos e quero um clube gerido com modernidade e responsabilidade.
Vou cobrar!