Texto por Colaborador: Redação 11/04/2024 - 03:26

Após cair no Gauchão frente sua própria torcida semanas atrás, o Internacional seguiu seu padrão e repetiu mais um fiasco, desta vez diante do quase amador Real Tomayapo, da Bolívia. Somando um mísero gol nos últimos 4 jogos - 2 frente o Ju além do empate com o Belgrano - a situação no Beira-Rio é cada vez mais explosiva, sobretudo graças ao desempenho inexistente do time de Eduardo Coudet. Mesmo tendo semanas de treino, o que se vê em campo é assustador. Na mídia, os relatos são de incompreensão pela queda brusca. Confira alguns compilados da imprensa especializada:

MARINHO SALDANHA - UOL

Há um ano, com um time MUITO pior do que este, o Inter vencia o Metropolitanos por 1 a 0 em casa na Libertadores. O resultado não era digno de comemoração, pois o rival era reconhecidamente mais fraco. 'Fez a obrigação', se disse. Hoje nem isso, contra um rival ainda pior.

Coudet recebeu todos os jogadores que queria, tem material humano melhor do que boa parte dos times do Brasil, na hora de justificar o empate injustificável, coloca na conta dos jogadores. Imagina se tivesse que montar um time com migalhas como o Inter de outros anos bem recentes.

Quando você quer absolver o treinador falando em 'falta de vontade' dos jogadores, por tabela está reforçando a culpa do treinador, pois é uma das MAIORES atribuições dele CONQUISTAR o grupo de atletas. Todo técnico de SUCESSO faz isso, faz o elenco SER DELE, CORRER POR ELE.

Dito tudo isso, no fim de semana tem o Brasileiro, que começa num clima meio chato pro Inter.

VAGUINHA - GZH

Vem 2024 e, junto, a esperança da torcida colorada em uma retomada do caminho das grandes conquistas. E o que acontece na primeira competição? Eliminação — com muita responsabilidade para cima de quem comanda o time.

Após o jogo contra o Juventude, Coudet teve 15 dias para trabalhar o time e apenas um jogo no meio do caminho antes do retorno para o Beira-Rio. Resultado do jogo na Argentina, um 0 a 0 xoxo, sem inspiração e sem soluções apresentadas pelo treinador.

Então, vem novamente uma partida em casa, no reencontro com a torcida, contra um time semiprofissional, com poucos anos de história e que fez a primeira viagem para fora do seu país.

Tudo isso, somado, já justificaria a demissão de Eduardo Coudet. Talvez o pouco tempo entre esse fiasco e o jogo contra o Bahia faça com que a direção dê mais uma oportunidade a ele. Mas, sábado (estreia contra o Bahia) — se Coudet chegar até lá — não haverá outro resultado que não a vitória para salvar o treinador.

Em momentos assim, de derrota e desclassificação, ficamos tentando entender o que está acontecendo internamente. Será o afastamento de De Pena e Gabriel? Ou a entrevista de Coudet pedindo Oscar após uma grande atuação do time contra o São Luiz de Ijuí?

O que sabemos é que a direção não consegue encontrar o problema, muito menos apresentar uma justificativa para o torcedor antes da estreia no Campeonato Brasileiro. Nossa esperança, que era gigante, hoje é motivo de preocupação. Não há nada neste momento que faça o torcedor acreditar em conquista de títulos.

MAURÍCIO SARAIVA - GE

Não há possibilidade de aliviar a crítica ao desempenho colorado depois de um 0 a 0 contra um time pequeno da Bolívia. O Inter tem um gol marcado em quatro jogos, uma eliminação no Gauchão e performances que pioram quanto mais o time treina.

Aqui está o dado mais preocupante às vésperas do Brasileirão. Com todo tempo que teve para trabalhar desde a saída do Gauchão, Coudet não conseguiu nenhuma melhora na sua equipe.

O jogo contra o Real Tomayapo não foi bem tratado pelo Inter, que diluiu a relevância da partida antes do seu início. Depois de um primeiro tempo a trote, o Inter adotou o modo desespero e consagrou como melhor em campo um goleiro de 1,76m e acima do peso.

Galindo como parede é uma legenda do que o Inter vive três dias antes do jogo contra o Bahia. Alessandro Barcellos é o único inocente neste cenário. Dotou seu treinador de boas opções do meio para frente e Coudet não retribui com desempenho ou resultado.

O presidente só deixa de ser inocente se não tomar uma providência forte de cobrança a seu técnico de repertório zero e aos jogadores inexplicavelmente desmobilizados quando deveriam responder com aguerrimento e vergonha pelo que deixam de entregar à torcida colorada.

O Inter mais do que decepciona quem torce por ele. Assusta.

LEANDRO BEHS 

O Inter conseguiu ficar embretado antes do Brasileirão. Os sinais de que algo não vai bem são evidentes. O Capitão do time sumiu há três jogos - e hoje tava a não fazer. A falta de soluções do Inter em campo impressiona. O melhor jogador do time, Valencia, está fora pelo mês todo.

O time foi montado por e para Coudet. Coudet não será demitido. Na pior das hipóteses, ele pede as contas, caso a situação fique insustentável.

Claro que, a partir de sábado, com o início das "38 finais", a pressão vai aumentar. Bahia (C), Palmeiras (F) e Athletico (F), jogos de alto risco a partir de agora.

DIOGO OLIVIER - GZH

É tão desabalada a queda de rendimento do Inter que chega a estranhar. Aquele time envolvente sumiu, ao ponto de não fazer gol no Real Tomayapo, um time quase amador, eliminado na primeira fase do Campeonato Boliviano. O empate sem gols já coloca em risco a classificação na Sul-Americana.

Aquele time envolvente da semifinal da Libertadores do ano passado ganhou reforços e piorou. As vaias foram merecidas. O torcedor do Inter não merece mais esta pancada. Após a eliminação no Gauchão, houve tempo de sobra para recuperar jogadores e treinar, mas nada disso se vê em campo.

O Inter está vendo mais uma desclassificação chegar. Mais uma chance de título indo embora. E num grupo fraco de uma competição fraca. Algo grave está acontecendo com o Inter.

CRISTIANO MUNARI - GZH

Contra o Juventude, o Inter tentou impor seu jogo e não conseguiu porque tinha um adversário muito bem preparado para marcar isso. O Inter do primeiro tempo de hoje não jogou seu jogo.

O segundo tempo do Inter é ok, conseguindo explorar espaços na última linha e criando chances. Só que vai pagando pelo primeiro tempo terrível, o mental que também joga contra. Mas nada explica ter jogado tão pouco nos primeiros 45 minutos.

Inter teve alguns movimentos de gestão ruins nos últimos tempos. Afastamentos de Gabriel e De Pena sem novos clubes definidos, um líder como o Mercado no banco no jogo seguinte à eliminação no Gauchão. Robert Renan escanteado depois do pênalti. Coudet tem erros além do campo aí.

Se ganhar do Belgrano amanhã, resultado completamente normal, o Delfín vai abrir quatro pontos para o Inter. Cair na fase de grupos da Sul-Americana é muito pior que na semifinal do Gauchão.

GUERRINHA - GZH

Depois dessas últimas atuações, quando deixou muito a desejar, a impressão que fica é de que os dias do técnico Eduardo Coudet estão contados.

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