O circo estava armado na Arena?

Texto por Colaborador: Redação 09/02/2025 - 06:38

O primeiro GreNal de Roger Machado com a camisa colorada no estádio do maior rival teve uma situação que cheirou muito, mas muito mal.

Além do tradicional duelo campal que se avizinhava no Humaitá, tendo como pano de fundo gritos e provocações entre vermelhos e azuis, milhares de gremistas estavam ávidos pela vingança contra o ex-ídolo. O cenário estava armado: faixas contra o treinador alvirrubro, xingamentos, o típico 'corno' que, já sem a sua ex-amada, posa com qualquer uma e desfaz o que não pode ter mais. Lindo! Nada mais futebolístico que emoções a flor da pele, dando tom ao que cada instituição luta para defender ao longo de sua história, entre inúmeros ismos, a identidade é a premissa básica, e os gremistas defenderam a sua com plena legitimidade. Todavia, o problema não acaba ai, mas inicia ulteriormente. Se no quesito emocional do GreNal 444 o que se viu foi extremamente válido, o mesmo não se pode dizer dos 'profissionais' representados pela FGF... é ai que o buraco vai ficando mais fundo e começa a feder.

Caro leitor(a) tire a camisa do Inter agora e se imagine gremista no sábado a noite na Arena OAS: o que você mais gostaria - se estivesse em campo com um apito na mão - não seria necessariamente roubar ou ser injusto mas, na primeira pequena oportunidade que o universo lhe propiciar, sublimar toda essa emoção e raiva negativa em uma espécie de vingança, um impulso que precisaria ser direcionado de maneira efetiva. Dito e feito, foi justamente isto que ocorreu com Rafael Klein. O que de tão monstruoso foi dito pelo desconhecido auxiliar de Roger para uma ação tão enérgica que um simples amarelo não resolveria? (lance iniciado por um erro seu de leitura, pois o cartão amarelo não dado no lance sobre Wesley era claro, portanto, DOIS erros e dois critérios completamente desproporcionais em um espaço de segundos).  

Estava feito o teatro. O Inter, que era dominante no primeiro tempo do clássico, a partir daquele momento sentiu o golpe, diminuindo o ritmo em um pequeno intervalo quando o estádio teve energias para tentar sufocar os visitantes. O clima turbinado - efeito somente da incompetência e escolha de Rafael Rodrigo Klein - beneficiou escancaradamente o time local. Freud estaria extasiado. 

Aos tontinhos da imprensa que discutem se o lance estava na regra ou não, não entenderam o básico da questão, que está exposta acima. Por fim, que tal fazermos um exercício de pesquisa: quantos jogos o mesmo apitador teve a incrível rispidez de expulsar meros auxiliares técnicos? Surpreendente e impressionante. Eu atiro no pato, se pegar no Leão, que culpa eu tenho, não é mesmo? só mirei no mais frágil, irá dizer o atirador, para receber aplausos dos incautos ou bobos da corte (conhecidos também como comentaristas de arbitragem ou da RBS). Ficou fácil tomar a decisão mais gremista que todo os 44 mil torcedores queriam, tendo em vista que suas ações deixaram claro que era isso que ele queria. 

O Inter que abra o olho meus amigos e isso que nem vamos falar sobre Daniel Bins, que esteve no VAR, se este sujeito tivesse que expulsar Roger Machado ontem, ao mostrar o cartão vermelho trocaria pela sua carteirinha de sócio Imortal. 

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