O ex-atacante colorado, Paolo Guerrero, solicitou a rescisão de seu contrato com o Universidad César Vallejo, clube de seu país natal, antes mesmo de estrear. A decisão foi tomada após sua mãe receber ameaças de morte, o que deixou o jogador preocupado com a segurança de sua família. O presidente do clube, César Acuña, confirmou a situação, relatando que os criminosos entraram em contato com a mãe de Guerrero logo após o anúncio do acordo.
Acuña também mencionou que o advogado de Guerrero entrou em contato com o ministro da Defesa para garantir a segurança da família. O presidente do Universidad César Vallejo expressou compreensão pela decisão do jogador, destacando que a equipe tinha a melhor intenção de tê-lo no clube, mas respeita sua prioridade em proteger sua família. "Eu entendo o Paolo. No mesmo dia em que ele assinou o contrato, criminosos fizeram ameaças à mãe dele. Acho que ele está avaliando, está pensando: é a família ou o futebol. Eu faria o mesmo. Ligaram para a mãe dele e a ameaçaram", afirmou o dirigente.
A preocupação se dá em razão da onda de violência vivida no país vizinho. Trujillo, capital de La Libertad e terceira cidade mais populosa do país, decretou toque de recolher durante à noite e limitou diversas liberdades individuais por 60 dias. Os casos envolvem extorsão, sequestro e assassinatos. No dia 24 de janeiro, o corpo de um empresário apareceu em uma área distante de Trujillo. Em seu abdômen foi escrita a frase: "por não pagar integralmente".
Durante o ano passado, o Ministério Público peruano registrou mais de 2.273 denúncias de extorsão em diferentes negócios. Em alguns casos, os desfechos foram explosões de granadas, dinamite e carros incendiados.
Paolo Guerrero, que ainda não estreou profissionalmente no Peru, começou sua carreira no Allianza Lima, sua cidade natal.