Nesta sexta-feira (10), o Ministério do Esporte enviou um ofício à CBF solicitando a paralisação do futebol brasileiro devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Agora surge a questão: o futebol no Brasil será interrompido após o recebimento do documento pela entidade máxima do futebol nacional?
Após receber o ofício, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, informará à Comissão Nacional de Clubes, composta por 9 presidentes de times brasileiros, incluindo Alessandro Barcellos, do Internacional, um dos clubes diretamente afetados pela tragédia.
O próximo passo é a Comissão decidir sobre o documento do Ministério dos Esportes e, a partir disso, convocar - ou não - um Conselho Técnico. A definição sobre a paralisação do futebol brasileiro dependerá dessa convocação e de uma votação entre os membros.
De acordo com informações da ESPN, a tendência atual é de que o futebol não seja paralisado no país, já que a maioria dos membros da Comissão não deseja essa interrupção.
É improvável que uma decisão final seja tomada antes da próxima semana. Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, se pronunciou publicamente sobre o ofício do Ministério do Esporte, entregue pelo Ministro André 'Fufuca'. A convocação do Conselho Técnico para analisar o pedido foi anunciada, e a decisão final caberá aos próprios clubes.
Veja abaixo o pronunciamento:
"A CBF quando define uma competição, fazemos reuniões de Conselhos Técnicos de Séries A, B, C e D e também das de base. Se pede uma paralisação, nós vamos dar conhecimento a cada Série desses clubes, para que eles possam se posicionar em relação ao documento do Ministério dos Esportes. A partir daí, se for necessário, reunir o Conselho Técnico para que eles possam deliberar: 'olha, podemos parar toda competição? Sim'.
E as competições internacionais que seguem, como faz? Estão afunilando, faltam duas rodadas para próximas fases de Libertadores e Sul-Americana.
Toda decisão com relação a uma competição, começar, ter, suspender, prorrogar, adiar, tudo isso a CBF discute de forma conjunta com os clubes. O poder da CBF não é supremo e absoluto. É um poder limitado e com base, assim como fizemos em reunião com todos os clubes, faremos também. A partir do momento em que os próprios clubes entendam que precisam deliberar sobre o assunto.
No momento, estamos sintonizados diretamente através dos clubes do Rio Grande do Sul e sua Federação. Aquilo que foi solicitado dos clubes, a CBF atendeu integralmente, que foi o adiamento da competição até o dia 27 de maio. Tudo que acontecer daqui pra frente, teremos que conversar com os clubes e com todas as divisões do futebol."